Uma fala de Ney Matogrosso durante entrevista à revista Veja intrigou os leitores. O cantor, de 82 anos, disse que já teve ‘vício em sexo’. Nesse sentido, disse, ainda, que já transou com mais de 15 pessoas ao mesmo tempo.
“Lá pelos 30, 40 anos, cheguei a ficar viciado em sexo. Tinha que transar todo dia para conseguir dormir. Hoje, vivo um relacionamento com uma pessoa de fora do Rio e consigo me guardar para ela”.
O que é exatamente o vício em sexo?
O vício em sexo, conhecido clinicamente como Transtorno da Compulsão Sexual, é uma condição que ainda carrega muitos estigmas. Embora possa parecer uma questão menor para alguns, as implicações deste transtorno podem ser devastadoras para quem sofre e seus relacionamentos.
Similar a outros vícios, como os causados por substâncias químicas, o vício em sexo se caracteriza por um comportamento compulsivo que a pessoa não consegue controlar, mesmo ciente das consequências negativas. Contudo, os indivíduos podem se encontrar engajados em atividades sexuais excessivas, usando-as como uma fuga para lidar com o estresse, ansiedade ou depressão.
Quais são os sinais de alerta deste vício?
- Incapacidade de controlar impulsos sexuais.
- Priorização do comportamento sexual em detrimento de outros interesses e responsabilidades.
- Negligência de áreas vitais da vida, como trabalho e relacionamentos familiares.
- Problemas financeiros decorrentes do comportamento sexual.
- Exposição constantes a situações de risco para satisfazer desejos sexuais.
- Sentimentos recorrentes de culpa ou estresse após as atividades sexuais.
Como é o tratamento para esse transtorno?
Por fim, o tratamento do vício em sexo geralmente envolve múltiplas abordagens, principalmente considerando que cada caso é único e pode requerer estratégias específicas. Assim, os principais métodos de tratamento incluem:
- Terapia cognitivo-comportamental, que visa alterar padrões de pensamento e comportamento relacionados ao sexo.
- Psicoterapia, incluindo modalidades como terapia psicodinâmica que pode ajudar a abordar questões profundas possivelmente conectadas aos comportamentos compulsivos.
- Tratamento em grupo, proporcionando suporte de iguais e promovendo estratégias de enfrentamento comuns.
- Medicação psiquiátrica, prescrita conforme a necessidade de controlar componentes como impulsos obsessivos.