investigação

Em sessão marcada por fala machista, Leila Pereira depõe em CPI das apostas esportivas

Durante sua fala, a presidente do Palmeiras criticou as acusações feitas por John Textor, além de defender a punição de atletas envolvidos em esquemas

Em audiência pública na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, defendeu nesta quarta-feira (5) o banimento de pessoas envolvidas em esquemas de manipulação de resultados no futebol.
Presidente do Palmeiras depôs nesta quarta-feira (5) – Créditos: X/Reprodução

Em audiência pública na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, defendeu nesta quarta-feira (5) o banimento de pessoas envolvidas em esquemas de manipulação de resultados no futebol. “Sem punição você não vai chegar a lugar absolutamente nenhum. A impunidade é a semente do próximo crime. Não adianta advertência, uma carta. Se você participar desses esquemas, você vai ser banido do futebol, eu não tenho dúvidas disso”, afirmou Leila.

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Ela foi convidada pelo presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), para esclarecer questões levantadas pelo dono do Botafogo SAF, John Textor, sobre suposta manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro, incluindo jogos do Palmeiras. Após vários adiamentos, a audiência ocorreu nesta quarta-feira, separadamente da participação do presidente do São Paulo, Julio Casares, devido à incompatibilidades de agenda.

Fala machista de Kajuru para Leila

Durante a sessão, o senador Jorge Kajuru foi protagonista de um momento polêmico ao fazer um comentário machista no início do depoimento de Leila Pereira.

“E aqui registro com muito prazer, sempre atuantes, os Senadores Carlos Portinho, Chico Rodrigues e, que chegou primeiro, a nossa querida Margareth Buzetti, que gosta de futebol. Representando as mulheres, ela, que gosta de futebol. Normalmente mulher vai no estádio e pergunta quem é a bola. Não é o seu caso”, disse Kajuru.

A declaração foi prontamente contestada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ) com “já foi assim”, e pela própria Leila Pereira, que destacou: “Kajuru, hoje tem presidente de clube mulher”.

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Denúncias de John Textor

Leila Pereira refutou as acusações de manipulação feitas por John Textor, qualificando-as como “irresponsáveis” e “criminosas”. “Se ele [Textor] não comprovar absolutamente nada, porque até agora, objetivamente, eu não vi prova absolutamente nenhuma, eu desconheço, eu não vi. Sabe, não tenho dúvida nenhuma que o John Textor teria que ser banido do futebol brasileiro”, declarou a presidente do Palmeiras.

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Leila ainda criticou o impacto das acusações de Textor sobre a reputação do futebol brasileiro. “Com essas denúncias irresponsáveis, criminosas, isso afeta não só o Palmeiras, mas toda a credibilidade desse grande produto que é o futebol brasileiro”, reclamou.

Questionada pelo senador Romário (PL-RJ) sobre a punição a jogadores envolvidos em apostas, Leila Pereira foi enfática: “Eu sou a favor do banimento. Sem punição você não vai chegar a lugar nenhum. Sem punição severa, não adianta advertência, uma carta”.

Histórico da CPI

A CPI começou seus trabalhos ouvindo John Textor em 22 de abril, onde ele afirmou que “a manipulação de resultados [no futebol] é realidade”. Textor alegou ter identificado indícios de manipulação no futebol brasileiro em 2022 e 2023, mas não apresentou provas concretas para suas alegações.

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