Ex-goleiro da base de Corinthians e São Paulo, tendo jogado com nomes como Kaká e Fábio Simplício, e treinado com os ídolos tricolores Zetti e Rogério Ceni, Paulo Coutinho foi forçado a abandonar a carreira de jogador aos 17 anos, já como profissional, devido a uma grave lesão na lombar.
“Me profissionalizei no Grêmio Esportivo Mauaense, joguei Campeonato Paulista da série A3 e a Copa São Paulo, mas logo descobri que, por conta das quedas inerentes à posição de goleiro, desenvolvi uma estenose de canal lombar e algumas hérnias de disco. Resultado: abandonei a carreira e ganhei oito pinos na lombar”, lembrou Coutinho.
Diferentemente de muitos aspirantes a jogador de sua época, Paulo Coutinho não depositou suas fichas unicamente na carreira de jogador de futebol. Ainda quando era uma promessa do gol tricolor, ele se dividia entre treinamentos, partidas e estudos, o que lhe deu uma alternativa após a precoce aposentadoria.
“Dizem que jogador de futebol é burro (risos), mas eu jogava e estudava, até porque o São Paulo obrigava os jovens jogadores a irem bem na escola, senão eram cortados. Então, quando precisei pendurar as luvas, dei sequência aos estudos e me aprofundei ainda mais em questões de finanças e no mundo dos investimentos”, explicou.
Se de luva e chuteiras Paulo Coutinho vestiu as pesadíssimas camisas de gigantes do futebol brasileiro, de terno e gravata não foi diferente. Dos gramados para os bancos, ele foi profissional do e Itaú, Santander e Bradesco, onde atuou, por 10 anos, na tesouraria, o setor mais prestigiado do banco.
Pelo Itaú, o paulista foi transferido para Porto Alegre para ser gestor Private do Itaú BBA. Após 10 anos trabalhando para bancos, Coutinho decidiu montar seu próprio escritório, vinculado à XP Investimentos, em 2010. Este escritório foi por anos o maior do Brasil e veio a tornar-se hoje uma corretora de valores autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Deixei este escritório por meados de 2015, quando fui para o mercado internacional trabalhar como consultor na Investor Trust (companhia essa que custodia os recursos dos clientes no BNY Mellon, banco de Nova Iorque). Já em 2019, tocando a parte internacional, ajudando o brasileiro fazer internacionalização de patrimônio, fundei a Agnus Investimentos”, disse Coutinho.
“Esse escritório se tornou o maior entre os escritórios com menos de dois anos dentro da XP Investimentos, tendo mais de 1 bilhão de reais sob gestão. A Agnus tem um posicionamento muito forte no seu ecossistema, pois somos muito fortes no mercado internacional, principalmente na Europa e EUA”, complementou.
Se como jogador de futebol o status de ídolo e os troféus não vieram, como financial advisor (assessor de investimentos, em português), Paulo Coutinho se tornou uma das principais referências como empresário no mundo dos investimentos no Brasil, atuando tanto nacionalmente quanto internacionalmente, e conquistou inúmeros prêmios.
“Dei muitas palestras tanto para pessoas físicas quanto para profissionais consagrados no mercado; ensinei muita gente nesse mercado, dei consultoria para muitas empresas do mesmo ramo, contratei mais de mil pessoas, fui mentor de diversas pessoas e enriqueci muita gente”, frisou.
“Ganhei prêmios de reconhecimento pessoal como um dos maiores financial advisors do Brasil dentro da XP na década passada, com a Agnus em 2022 e atualmente em Londresna Europa. Levei a Agnus investimentos a bater recordes de captação, a ganhar prêmios de seguros, agronegócio, internacionais e fui reconhecido na empresa europeia Dominion Capital Strategies também em Londres, no final de 2023”, completou.
Utilizando o jargão do futebol, Paulo Coutinho é camisa 10 e detém a faixa de capitão de sua empresa, que, ele enfatiza, é uma plataforma aberta de investimentos e de soluções financeiras. Segundo ele, a meta é se tornar, nos próximos 5 anos, um dos maiores escritórios do Brasil e do mundo.
“Agora em Las Vegas, EUA, estou estudando o mercado, ajudando mais pessoas a investirem melhor, trazendo mais soluções para o brasileiro, americano e outros imigrantes, a forma de investir e planejar seus investimentos. A ideia é fomentar também a economia americana, levar a Agnus não somente ao reconhecimento na América Latina, como também na América do Norte”, finalizou o craque das finanças.
*Matéria publicada originalmente em SportBuzz