Uma cena chocante marcou a partida realizada na noite de quarta-feira, 10 de julho, em Anápolis, Goiás. Durante o jogo válido pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano, o goleiro Ramón Souza foi atingido por um disparo de bala de borracha, efetuado por um policial militar. O incidente ocorreu após um momento de tensão no gramado, descrito por Ramón como um típico desentendimento durante a partida.
O flagrante do disparo foi registrado em vídeo e virou manchete devido à gravidade da abordagem. Apesar de o armamento ser considerado de menor potencial ofensivo, a situação alarmou todos os presentes e levantou questionamentos sobre a conduta da Polícia Militar no episódio. Em resposta, a instituição anunciou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso com a devida seriedade.
O que dizem as autoridades?
A delegada Emilli Bailoni, que estava de plantão na noite do ocorrido, confirmou o registro do incidente e solicitou um relatório médico para dar sequência à investigação. “Estamos tratando o caso com a máxima prioridade, e uma investigação minuciosa será realizada pela Polícia Civil”, afirmou.
Ramón, visivelmente abalado, compartilhou que se sentiu incrédulo e assustado no momento do disparo: “É uma dor que não desejo para ninguém. Estava ali para jogar futebol e jamais imaginei que terminaria a noite em uma situação como essa”, disse ele. Após o incidente, o atleta foi prontamente atendido pelos médicos do clube e recebeu os primeiros socorros ainda no estádio.
Manifestações de repúdio e preocupações futuras
O Ministério do Esporte emitiu uma nota expressando sua indignação com o ocorrido: “A ação violenta contra o atleta é inaceitável e vai contra todos os princípios de segurança e integridade que devem prevalecer no esporte”. O Grêmio Anápolis, clube do goleiro, também repudiou veementemente a ação, prometendo buscar todas as medidas legais possíveis para que justiça seja feita.
O episódio levanta importantes questionamentos sobre a segurança em eventos esportivos e a necessidade de revisões nos procedimentos de segurança por parte da polícia. Com a promessa de investigações rigorosas e transparentes, espera-se que uma situação como esta não se repita, garantindo a integridade física e moral de todos os envolvidos no esporte.
Nota do Grêmio Anápolis sobre o caso do goleiro
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“O Grêmio Anápolis vem a público repudiar o lamentável, ridículo, revoltante acontecimento, no Estádio Jonas Duarte, na noite desta quarta-feira (10). Após o final da partida contra a equipe do Centro Oeste, nosso goleiro Ramón Souza foi atingido de forma covarde por um tiro de bala de borracha, efetuado por um policial da Companhia de Policiamento Especializado (CPE).
Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam no Estádio Jonas Duarte.
O dia 10 de julho fica marcado por um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, o que jamais será esquecido.
O GEA informa que entrará com medidas cabíveis, para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita, para que este ato CRIMINOSO, não fique impune.
Nosso goleiro foi atendido em campo pelo médico do GEA, Dr. Diego Bento, que dentro da UTI móvel realizou os primeiros socorros.”