207 dias depois, o Botafogo não tem mais controle de seu próprio destino em relação ao tão sonhado título do Campeonato Brasileiro. Desde o dia 30 de maio, depois da vitória por 3 a 2 sobre o Flamengo, o Glorioso dependia apenas de si mesmo para ser campeão. Porém, isso acabou nesta última quinta-feira, 23, durante o empate contra o Fortaleza, que confirmou o Palmeiras na liderança do Brasileirão, depois que todos os clubes tiveram seus 34 jogos disputados.
Os cariocas chegaram a abrir 13 pontos de vantagem na liderança na virada do turno, mas viram o buraco desabar na segunda metade do campeonato. A queda de produção não é de hoje, tanto que inúmeras mudanças no cargo foram feitas no campeonato. Um dos principais pontos positivos no histórico primeiro turno, o sistema defensivo vem tendo uma queda drástica na segunda fase da competição. O time levou 16 gols nos últimos 8 jogos, maior que a outra metade inteira.
Mais um dos motivos para a queda é o baixo rendimento de Tiquinho Soares. Artilheiro e principal nome do Botafogo. Parando de trazer perigo na reta final do campeonato, o atacante marcou somente três vezes no segundo turno, contra 13 tentos no primeiro. Além disso, outro destaque que sumiu foi Eduardo. O camisa 33 chegou a ser barrado do time titular por Lúcio Flávio contra o Vasco, por apresentar somente alguns ‘flashes’ de bom desempenho na segunda metade do Brasileiro.
Além disso, a falta de planejamento fora de campo acabou influenciando dentro das quatro linhas. Desde quando Luís Castro saiu, o Botafogo teve quatro comandantes diferentes. Por fim, a falta de psicológico é um dos principais pontos negativos. Como explicar duas viradas de 4 a 3 estando tão à frente no placar? O Glorioso, contra o Palmeiras e contra o Grêmio, se desligou em ambos os jogos e deixou de causar perigo, deixando espaços na defesa.