É PENÂLTI!

MP de Goiás revela quais jogos do Brasileirão-22 são suspeitos de manipulação

Operação “Penalidade Máxima II” foi deflagrada hoje e visa apurar atuação de organização criminosa.

MP de Goiás revela quais jogos do Brasileirão-22 são suspeitos de manipulação
O MP de Goiás apura conduta de organização criminosa suspeita de manipular jogos da Séria A do Brasileirão (Crédito Foto: Canva Fotos0

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou a Operação Penalidade Máxima II, nesta terça-feira (18). A operação do MP apura conduta de uma organização criminosa suspeita de manipular resultados de jogos de futebol profissional, inclusive da Série A do Brasileirão.

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Confira alguns dos alvos da operação do MP de Goiás

– Victor Ramos, ex-Palmeiras, Vasco e Vitória, e atualmente zagueiro na Chapecoense;

– Igor Cariús, lateral-esquerdo do Sport Recife;

– Kevin Lomonaco️️️, jogador do Red Bull Bragantino;

– Gabriel Tota, jogador do Esporte Clube Juventude.

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Confira abaixo os jogos suspeitos

– Santos x Avaí (05/11) – suspeita de tentativa de cooptação de atleta do Santos para tomar cartão amarelo;

– Red Bull Bragantino x América de Minas (05/11) – aliciamento do atleta do Bragantino para cartão amarelo;

– Goiás x Juventude (05/11) — aliciamento de dois atletas do Juventude para tomar amarelo;

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– Cuiabá x Palmeiras (06/11) — um jogador do Cuiabá também aliciado para tomar amarelo;

– Santos x Botafogo (10/11) — atleta cooptado para levar cartão vermelho;

– Juventude x Palmeiras (10/09) — aliciamento de jogador do Juventude para tomar cartão amarelo.

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O promotor do MP-GO, Fernando Cesconeto, afirmou que “eram os cinco jogos que estavam no escopo de investigação nessa operação. Mas durante o cumprimento de um dos mandados, um atleta confessou participação em outro jogo, em setembro, também sobre cartão amarelo, no Juventude x Palmeiras”.

O MP-GO divulgou que estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados:em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana de Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Entenda como agia o grupo, segundo o MP de Goiás

O MP de Goiás, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já apurou que o grupo criminoso conseguiu manipular resultados de jogos de futebol após subornar jogadores. A investigação mostrou que os jogadores recebiam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que realizassem ações específicas durante os jogos.

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Na primeira fase, a investigação mostrou que o esquema funcionava assim: os apostadores faziam propostas para atletas marcarem pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo. Caso os jogadores aceitassem, era feito o pagamentos do “sinal”. Depois do término da partida, se o pênalti tivesse sido convertido, os jogadores receberiam o restante do valor combinado.

Na segunda fase, o Ministério Público descobriu que o grupo investigado pedia também aos jogadores que eles tomassem cartões amarelo e vermelho, além de pedir por uma derrota de um time.

De acordo com o MP, há indícios de que as condutas solicitadas aos jogadores tinham como objetivo que os investigados conseguissem altos lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar o retorno financeiro.

A investigação começou em novembro de 2022 após uma denúncia feita pelo próprio Vila Nova, que é vítima no esquema, segundo o MP.

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