O Brasil vem se destacando como uma potência paralímpica ao longo dos anos. Desde sua primeira vez entre as dez maiores potências, em Pequim-2008, o país figura entre os principais competidores, com cada ciclo olímpico trazendo mais medalhas e conquistas em diversas modalidades. Segundo o UOL, Yohansson Nascimento, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), destaca uma mudança significativa no olhar para a captação de atletas tem sido fundamental para essa evolução.
Yohansson Nascimento, atleta paralímpico de renome, ressalta que, depois dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, o CPB adotou uma nova lógica: em vez de esperar que os atletas viessem até eles, passaram a buscar os jovens com deficiência lá onde eles estavam. Essa abordagem proativa tem mostrado resultados promissores.
Acesso ao esporte paralímpico
Yohansson Nascimento competiu no atletismo, na classe T46. Nascido sem as mãos, ele descobriu o esporte aos 17 anos, quando foi convidado pela técnica Valquíria Campelo em um ônibus em Maceió, sua cidade natal. Desde então, Yohansson tem alcançado pódios em edições como Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016.
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O vice-presidente do CPB destaca que essa busca ativa por novos talentos tem sido essencial. Junto com o presidente do CPB, Mizael Conrado, bicampeão paralímpico com o futebol de cegos em Atenas-2004 e Pequim-2008, tem sido colocado em prática um plano de ação voltado à inclusão e ao estímulo dos esportes paralímpicos entre os jovens.
Como o CPB busca novos atletas?
Uma das principais estratégias do CPB é o Festival Paralímpico. Este evento proporciona a oportunidade para que crianças com deficiência possam ter seu primeiro contato com o esporte. Trata-se de uma manhã lúdica, na qual os pequenos passam por várias modalidades esportivas para despertar seu interesse pelo paradesporto.
Desde a implementação dessas mudanças, o Brasil tem colhido frutos expressivos no cenário internacional. A constante presença do país no top 10 paralímpico é uma prova do sucesso das iniciativas do CPB. Além de aumentar a quantidade de medalhas, a diversidade das modalidades em que o Brasil tem se destacado também cresceu.