
O grupo armado das Brigadas Ezzedine al-Qassam, ligado ao Hamas, informou que não consegue mais se comunicar com o grupo que mantém o soldado Edan Alexander em cativeiro. A declaração foi feita neste domingo (14), depois que um bombardeio israelense atingiu a área onde ele estaria retido, na Faixa de Gaza.
“Anunciamos que perdemos contato com o grupo em poder do soldado Edan Alexander após um bombardeio direto contra sua localização. Ainda estamos tentando contactá-los neste momento”, afirmou o porta-voz Abu Obeida, por meio do Telegram.
Alexander, de 21 anos, tem nacionalidade americana e israelense. Ele é o único refém dos Estados Unidos ainda mantido em poder do grupo, segundo o Hamas.
O que o Hamas quer em troca da libertação dos reféns?
O Hamas afirma estar disposto a libertar todos os reféns israelenses que permanecem em Gaza. Em troca, exige o fim da guerra, a retirada das tropas israelenses do território palestino e a entrada de ajuda humanitária.
“Estamos preparados para libertar todos os [reféns] israelenses dentro da estrutura de um verdadeiro acordo de troca de prisioneiros e em troca do fim da guerra, da retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e da entrada de ajuda humanitária”, declarou o líder Taher al-Nunu, em entrevista à agência AFP.
Nos últimos dias, representantes do Hamas estiveram no Cairo para discutir com autoridades do Egito e do Catar a possibilidade de um novo acordo com Israel.
Segundo o site de notícias israelense Ynet, os negociadores apresentaram uma nova proposta ao Hamas. O plano prevê a libertação de dez reféns vivos e uma garantia dos Estados Unidos de que Israel avançará para uma segunda fase do cessar-fogo.
Taher al-Nunu disse que o “problema não é o número” de reféns, mas a postura israelense. “[Israel] recua em seus compromissos, bloqueia a implementação do acordo de cessar-fogo e continua com a guerra”, afirmou.
O líder também deixou claro que o desarmamento do grupo não está em pauta. “As armas da Resistência não estão sujeitas à negociação”, disse.
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