Empresas aéreas argentinas e brasileiras assinaram um acordo para eliminar o limite de voos entre os dois países e liberalizar o mercado.
Alinhadas ao conceito de “céus abertos” e à ideia liberal de livre concorrência e desregulamentação do mercado aéreo, as companhias aéreas argentinas e brasileiras concordaram que poderão determinar livremente o número de voos, tanto de passageiros como de carga, que pretendem oferecer entre os dois países.
A medida se refletiu em um acordo bilateral entre Argentina e Brasil , promovido através do Itamaraty e do Ministério dos Transportes – por meio da Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC) dos dois países. A resolução acabou com os limites de voos que existiam até então, reposicionando o setor aéreo internacional em uma política de abertura de voos.
Antes do acordo, as empresas de ambas as partes limitavam-se a oferecer, juntas, um máximo de 170 voos semanais.
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“A medida dará às empresas mais flexibilidade para planejar as suas operações , o que poderá gerar um aumento da oferta de serviços e uma maior concorrência nas rotas que ligam o Brasil e a Argentina”, afirmou a ANAC brasileira.
O acordo também permite a ampliação dos serviços de carga, uma vez que as empresas poderão realizar “o transporte internacional de cargas sem a necessidade de início ou término da operação no país de origem da empresa (direito conhecido no setor como “Sétima Liberdade do Ar)“.
Por sua vez, no memorando que já entrou em vigor, ambos os países se comprometeram a não limitar unilateralmente o volume de tráfego, as frequências e regularidade do serviço ou o tipo de aeronave operada.
Com este acordo, o principal objetivo do Governo Nacional é conseguir maior flexibilidade para as empresas planejarem suas operações, permitindo que aumentem a oferta de serviços e ampliem a concorrência nas rotas que ligam o Brasil à Argentina, além de gerar mais empregos diretos. e indiretos.
Voos entre Argentina e Brasil
Segundo estatísticas publicadas pela Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC) da Argentina, somente durante fevereiro deste ano, 97.771 argentinos viajaram de avião para o país vizinho , 9,44% a mais que no mesmo mês do ano passado.
As empresas Aerolíneas Argentinas, Gol, Latam, Flybondi e JetSmart operavam rotas diretas entre os dois países . Turkish Airlines, British Airways e Air Canada , entre outras, também fizeram escala.
No sentido oposto, o Brasil é o país que mais traz visitantes em vias aéreas (21,4% do total ). Durante o mês de janeiro, 180,3 mil turistas chegaram de avião do país vizinho .
A ANAC registrou o transporte de 112,6 milhões de passageiros em 2023, 15,3% mais que em 2022 e o ano de melhor desempenho de 2020, quando o setor aéreo foi afetado pela pandemia de Covid-19, informou o governo argentino nesta segunda-feira. 2023 também foi o primeiro ano desde a pandemia em que o número anual de passageiros transportados ultrapassou 100 milhões de pessoas.
O número de pessoas transportadas no ano passado pelas companhias aéreas foi equivalente a 95% do total de passageiros transportados em 2019.
Somente com voos internos, o setor aéreo no Brasil transportou um total de 91,4 milhões de passageiros em 2023, um aumento de 11,2% em relação aos dados de 2022.
Os voos internacionais já transportaram 21,2 milhões de passageiros em 2023, o que representa um aumento de 37,5% face ao ano anterior.
***Matéria originalmente publicada em Perfil.com