POSSE DE MILEI

Argentina: militantes realizam “cerimônia de velório” do Banco Central

Centenas de jovens libertários reuniram-se em frente às portas do local ironizando com avisos sobre a promessa de campanha de Javier Milei de “eliminar” o banco central

Argentina: militantes realizam "cerimônia de velório" do Banco Central
Crédito: (Gorjeio)

Enquanto corre a contagem regressiva para Javier Milei se tornar presidente da Argentina neste domingo (10), uma centena de jovens militantes libertários deixou bilhetes na porta do Banco Central do país. O grupo se reuniu no centro de Buenos Aires na noite de sábado (9) para realizar uma “cerimônia de velório” do Banco Central da República Argentina. Eles se referiam à promessa de campanha frequentemente repetida por Javier Milei de”eliminar o Banco Central”.

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Os militantes liberais carregaram quatro coroas de flores, que deixaram na porta do estabelecimento localizado na Reconquista 255, uma para cada letra de suas siglas.

Os libertários também carregaram velas e faixas e cantaram o hino enquanto realizavam o velório, enquanto celebravam a eventual dolarização que Milei prometeu em sua campanha.

Um dos grupos que organizou o evento, “Economía en un minuto”, distribuiu papéis com o aviso fúnebre da morte do Banco Central da Argentina. Nele, eles apontam que o Banco Central era “uma instituição marcada por políticas intervencionistas e emissões inflacionárias. Seu legado será um lembrete para a reconstrução econômica, ansiando por um futuro mais próspero para a Argentina”, disseram.

Santiago Bausili, o novo presidente do BCRA

Tanto a eliminação do Banco Central da Argentina quanto a dolarização são dois dos slogans mais fortes do plano econômico que foram fortemente questionados dentro da equipe econômica do La Libertad Avanza.

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A chegada de Santiago Bausili à presidência do banco confirma que, pelo menos, não estará nos planos a curto prazo eliminar este organismo.

Enquanto eu estiver aqui, não está fechado”, disse o próprio Bausili, que disse ter “um desafio pessoal” e negou que a agência pare de funcionar. Dias atrás, o braço direito de Luis “Toto” Caputo foi absolvido pouco antes de assumir o cargo em um processo que o acusava de supostas negociações incompatíveis com sua função quando participou do governo Macri como secretário de Finanças e articulou a colocação de dívida com o Deutsche Bank, não só do qual era gerente antes de assumir o cargo público, mas do qual também era acionista e se beneficiou dessas decisões.

Precisamente, quem defendeu Bausili nesse caso foi Matías Cúneo Libarona, irmão e sócio de Mariano Cúneo Libarona, outro dos ministros confirmados por Milei, no caso chefe da pasta da Justiça.

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