efeito "motosserra"

Argentina: venda de produtos de construção cai 40% em março

Grupo Construya atribuiu este declínio à redução da demanda por insumos devido à “diminuição na construção de obras públicas”

O Índice Construya (IC), que mede a evolução dos volumes vendidos ao setor privado de produtos para construção na Argentina, registrou uma queda de 11,2% em março em relação a fevereiro e ficou 40% abaixo do nível do mesmo mês do ano passado.
Dados são do Índice Construya – Créditos: Noticias Argentinas

O Índice Construya (IC), que mede a evolução dos volumes vendidos ao setor privado de produtos para construção na Argentina, registrou uma queda de 11,2% em março em relação a fevereiro e ficou 40% abaixo do nível do mesmo mês do ano passado.

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Isso foi refletido pelo levantamento mensal realizado pelo Grupo Construya, uma associação civil de referência no setor, criada em 2002, que tem como objetivo promover a construção e a cultura da qualidade nessa indústria e que reúne as empresas nacionais mais importantes na produção e comercialização de materiais.

O índice mede a evolução dos volumes vendidos ao setor privado de produtos para construção fabricados por empresas líderes do setor.

Esses produtos incluem tijolos cerâmicos, cimento Portland, cal, aços longos, esquadrias de alumínio, adesivos e argamassas, tintas impermeabilizantes, louças sanitárias, caldeiras e sistemas de aquecimento, torneiras e tubos de condução de água, pisos, revestimentos cerâmicos e materiais elétricos e eletrônicos.

Segundo relatado pela entidade, o IC registrou uma queda de 11,2% desestacionalizada mensalmente. Dessa forma, o acumulado de janeiro a março fechou 31,6% abaixo do mesmo período de 2023, o que representa uma forte queda no primeiro trimestre de 2024.

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As razões para a queda

Construya atribuiu este declínio nas vendas à redução da demanda por insumos devido à “diminuição na construção de obras públicas”.

Vale ressaltar que este é um dos principais aspectos da “motossera” de Javier Milei. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (OPC), nos primeiros dois meses do ano, o investimento real direto realizado pelo governo foi 80,5% menor do que no mesmo período do ano passado.

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Isso levou a uma paralisação quase total das obras, independentemente de seu percentual de avanço anterior, e a uma queda consequente na compra/venda de insumos, contexto que resultou na declaração de “estado de emergência” pela Câmara Argentina da Construção (CAMARCO). O Instituto de Estatísticas e Registro da Indústria da Construção (IERIC) denunciou que, até o momento deste ano, mais de 40 mil empregos já foram perdidos.

Leia a matéria original (em espanhol) em Perfil.com

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