CONTRADIÇÃO?

Áudio enfraquece defesa de Trump no caso dos documentos sigilosos

Segundo o New York Times, a gravação deverá ser usada como prova no julgamento do ex-presidente

Áudio enfraquece defesa de Trump no caso dos documentos sigilosos
A promotoria deve usar o áudio da gravação no julgamento do ex-presidente Donald Trump (Crédito Foto: Michael B. Thomas/Getty Images)

Uma gravação de áudio do ex-presidente Donald Trump, feita em julho 2021, enfrequece sua mais recente afirmação de que o material se consistia apenas de recortes de notícias. O áudio era, segundo Trump, sobre uma discussão acerca de um documento “altamente confidencial” referente ao Irã.

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Partes da transcrição da gravação de dois minutos de Trump foram citadas, por promotores federais, no indiciamento do ex-presidente sob a acusação de que ele havia colocado segredos de segurança nacional em risco ao manusear incorretamente documentos confidenciais após deixar o cargo. Também foi acusado de, em seguida, obstruir os esforços do governo em reaver os documentos.

A gravação capturou sua conversa em julho de 2021 com um editor e um escritor que trabalhava em um livro de memórias do último chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows. Na conversa, Trump discutiu sobre o que descreveu como um plano “secreto” em relação ao Irã, elaborado pelo general Mark A. Milley, presidente do Estado-Maior, e pelo Departamento de Defesa.

Trump estava citando o documento para refutar um relato de que o general Milley temia ter que impedi-lo de fabricar uma crise com o Irã no final de 2020, depois de sua derrota à reeleição .

Este áudio provavelmente será apresentado como prova no julgamento do ex-presidente Trump no caso dos documentos oficiais.

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Na semana passada, em uma entrevista com o apresentador da Fox News, Bret Baier, Trump insistiu que não estava apresentando material confidencial, ou qualquer documento “secreto” ou “altamente confidencial”, mas sim que se referia a “histórias de jornais, histórias de revistas e artigos”.

Porém, a gravação completa do áudio do encontro sugere que Trump não estava se referindo a documentos de pouca importância, e sim a um papel – documento – específico, ou papéis.

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