O avião KC-30, da Força Aérea brasileira (FAB) que fará o segundo voo de repatriação dos brasileiros, decolou na manhã desta segunda-feira (7) de Lisboa (Portugal) com destino a Beirute (Líbano).
Na mais recente fase da Operação Raízes do Cedro, aproximadamente 200 brasileiros e seus familiares serão repatriados. No último final de semana, 229 brasileiros chegaram ao Brasil, pousando na Base Aérea de Guarulhos, onde foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Ministério das Relações Exteriores estima que cerca de 3 mil brasileiros devem deixar o Líbano devido ao crescente conflito entre Israel e o Hezbollah. A situação, no entanto, é bastante dinâmica, o que pode alterar esses números com o desenrolar dos eventos. Atualmente, a comunidade brasileira no Líbano é formada por cerca de 20 mil pessoas, constituindo a maior na região, à frente de outros países como Israel e Jordânia.
Avião da FAB
A operação de repatriação envolve uma cuidadosa articulação entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Itamaraty, além do apoio direto do presidente Lula. O comandante da FAB, brigadeiro Marcelo Damasceno, explica que a capacidade semanal média de repatriação gira em torno de 500 brasileiros. Contudo, essa média depende da situação de segurança no principal ponto de partida, o aeroporto de Beirute.
As aeronaves utilizadas nesta operação incluem o KC-30, com capacidade para 230 pessoas, e o KC-390, que acomoda até 90 passageiros. Médicos e psicólogos costumam acompanhar essas missões, prestando assistência essencial aos repatriados.
Impacto do conflito para os brasileiros no Líbano
O conflito tem gerado um cenário de incertezas e preocupações entre os brasileiros no Líbano. A embaixada brasileira em Beirute orienta seus cidadãos sobre a possibilidade de auxílio, seja através de repatriação ou informações úteis sobre os serviços locais. Esse suporte é essencial para aqueles que ainda estão no país e que enfrentam diariamente os riscos do confronto armado.
A operação, contudo, não se restringe apenas aos brasileiros. Parentes estrangeiros de primeiro grau — como pai, mãe e filhos — podem também solicitar repatriação ou assistência. A intenção é não separar as famílias durante este processo tão delicado, garantindo que todos possam retornar em segurança.
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