A insônia que afetava o Papa Bento XVI foi o “motivo central” de sua renúncia em 2013, disse o emérito em uma carta enviada a seu biógrafo semanas antes de sua morte. A carta foi divulgada nesta sexta-feira (27) por uma revista alemã.
O Papa emérito, faleceu em 31 de dezembro aos 95 anos, e enviou a carta a seu biógrafo, o alemão Peter Seewald, em 28 de outubro. No texto divulgado pela revista Focus, Joseph Ratzinger explica que “o motivo central” de sua renúncia à liderança da Igreja Católica em fevereiro de 2013 foi a “insônia que (o) acompanhava sem interrupção desde a Jornada Mundial da Juventude de Colônia”.
Na ocasião, o médico particular do pontífice receitou “remédios potentes”, que em um primeiro momento permitiram o retorno a carga de trabalho. No entanto, de acordo com o Papa emérito, os soníferos atingiram seus “limites” com o tempo.
A ingestão dos medicamentos para dormir também teria provocado um acidente em 2012, durante uma viagem ao México e a Cuba. Bento XVI encontrou seu lenço “totalmente encharcado de sangue”, segundo a carta citada pela revista Focus. “Devo ter batido em alguma coisa no banheiro e caído”, escreveu.
Na carta, Bento XVI afirma que tinha consciência de que as restrições médicas “seriam possíveis apenas por um curto período de tempo”. A constatação o levou a renunciar o cargo em fevereiro de 2013.
Na terça-feira, 24 de janeiro, serão celebradas as Vésperas Ecumênicas em memória de #BentoXVI na Catedral de Westminster e contará com a presença de bispos católicos, anglicanos e ortodoxos e representantes de várias outras Igrejas e confissões cristãshttps://t.co/EFPdD7ZQK3
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