
Bispos da Igreja Católica dos Estados Unidos aprovaram na última quarta-feira (18) que os católicos que desafiam os ensinamentos católicos sem arrependimento deveriam se abster do sacramento da Sagrada Comunhão, mas não repudiaram nominalmente políticos que apoiam o direito ao aborto.
A decisão foi contra o movimento de alguns integrantes conservadores da Igreja que esperam proibir políticos de comungar, como o presidente Joe Biden, por exemplo, a informação é da agência Reuters.
O sacramento é uma tradição central para a fé católica, a questão da elegibilidade para a comunhão é motivo de debate intenso na religião, pondo em questão se políticos como o presidente dos Estados Unidos, Joa Biden, que apoia o direito ao aborto, deveriam poder receber o sacramento.
Biden, primeiro presidente norte-americano católico desde John F. Kennedy, diz ser pessoalmente contra o aborto, mas defende o direito de escolha das mulheres, e promete proteger este direito de leis estaduais restritivas. Para a Igreja Católica, a prática do aborto é imoral.
O documento sobre a comunhão, aprovado pelos bispos por uma grande margem em sua reunião em Baltimore, no Estado de Maryland, não menciona o nome de Biden, nem o de outros políticos. O texto também não se concentra na questão do aborto. Ele diz que católicos que exercem autoridade pública “têm uma responsabilidade especial” de seguir a lei moral da Igreja, segundo a Reuters.
Apesar de apresentar um discurso de refutação simbólico, o documento não menciona novas diretrizes que impediram Biden de receber a comunhão. O texto repete um comunicado de 2006, emitido pela conferência de bispos, que disse que os católicos que rejeitam “obstinadamente” os ensinamentos morais da Igreja deveriam se abster da comunhão.
— Vatican News (@vaticannews_pt) November 18, 2021