mercado acionário

Bolsa argentina dispara mais de 20% após eleição

Ações de empresas argentinas listadas nos Estados Unidos subiram até 40%

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Javier Milei (Crédito: Cedoc)
O mercado acionário da Argentina subiu mais de 20% no início das negociações desta terça-feira (21), em meio a ajustes após a vitória do economista ultraliberal Javier Milei nas eleições presidenciais do último domingo (21) e um feriado local na segunda-feira (20), quando os mercados externos reagiram com ganhos firmes.

O índice S&P Merval de Buenos Aires tinha alta de 20,81%, em 779.348,90 pontos, às 11h03 (horário de Brasília), devido aos ajustes de preços após o feriado, com as empresas de energia liderando os ganhos.

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As ações de empresas argentinas listadas nos EUA subiram até 40% na segunda-feira, lideradas pela petrolífera YPF. Em outro movimento pós-Milei, os títulos da dívida argentina tiveram alta de 13,5% pela manhã.

O dólar blue encerrou a 1.025 pesos para compra e 1.075 pesos para venda. O índice Merval, por sua vez, subiu 22,84%.

Dólar Blue

Já o dólar blue, principal cotação paralela da moeda americana, teve um novo repique e bateu os 1 mil pesos. As casas de câmbio de Buenos Aires haviam congelado na quinta-feira (16) o dólar blue em 950 pesos, à espera dos resultados. Hoje, abriram com um salto de 100 pesos, vendendo por até 1.050 pesos, uma alta de 10,5%.

Missão

Aos 52 anos, Milei será o 52º presidente do país e terá que enfrentar a pior crise econômica em décadas, com a maior inflação em mais de 30 anos, dois quintos da população vivendo na pobreza e forte desvalorização cambial. Os desafios são agravados por uma dívida externa bilionária e pela falta de reservas internacionais.

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Milei, afirmou na segunda-feira (20) que levará entre 18 e 24 meses para conter a inflação de seu país, na casa dos 140% anuais.

Em entrevista à rádio argentina “Continental”, a primeira sobre seu futuro governo após ser eleito, Milei confirmou também que levará adiante o plano para fechar o Banco Central e dolarizar a economia, duas das principais e mais polêmicas propostas de sua campanha.

“Fechar o Banco Central é uma obrigação moral, e dolarizar (a economia) é uma maneira de nos livramos do Banco Central”, declarou Milei.

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