
A vitória de Javier Milei, candidato do partido La Libertad Avanza, no segundo turno das eleições presidenciais da Argentina no último domingo (19) logo alcançaram a repercussão internacional, menos de uma hora após a divulgação dos resultados.
Os veículos de imprensa anunciaram a vitória do representante de extrema-direita destacando a mudança no modelo político e econômico vigente no país até então, por vezes evocando suas semelhanças com os ex-presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro (PL), do Brasil.

O jornal The New York Times descreveu Milei como um “economista e ex-personalidade televisiva praticamente sem experiência política“, que irrompeu no cenário político argentino com “um estilo ousado, uma adoção de teorias da conspiração e uma série de propostas extremas que ele diz serem necessárias para derrubar uma economia e um governo falidos“.

A emissora Al Jazeera publicou em seu portal que a vitória de Javier Milei “anuncia uma mudança dramática na economia e nas instituições do país latino-americano, no meio da indignação pública face à elevada inflação e às taxas recorde de pobreza sob a coligação peronista de centro-esquerda“.

“Determinado a livrar o poder de uma suposta ‘casta parasitária’, ele se mostra empenhado em ‘desmembrar’ o ‘Estado inimigo’ e dolarizar a economia. O novo presidente eleito é também um abertamente cético em relação ao clima, para quem as alterações climáticas são um ‘ciclo’ e não uma responsabilidade do homem“, detalhou o jornal Le Monde em sua publicação.
O candidato foi parabenizado por líderes de outros países. Uma das primeiras reações foi a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que desejou “boa sorte e êxito ao novo governo“ sem citar o nome de Milei. O presidente chileno, Gabriel Boric, saudou Milei nominalmente, assim como Luis Lacalle Pou.
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