O Ministério Público do Rio de Janeiro vai reabrir a investigação contra George Santos, o brasileiro eleito para a Câmara dos Estados Unidos. A informação foi divulgada nesta terça-feira em reportagem do The New York Times.
Santos é indiciado por estelionato, mas o inquérito foi suspenso por ele ter desaparecido por quase uma década. Quando tinha 19 anos, em 2008, o político teria usado cheques roubados para compras em uma loja de roupas de Niterói. Um talão de cheques roubado teria sido usado para pagar a conta de R$ 2.144 usando uma identidade falsa.
Três anos depois, em 2011, George Santos foi acusado de estelionato mas o processo foi arquivado em 2013 porque as autoridades não conseguiam encontrar o deputado.
O Ministério Público informou, de acordo com a Folha de São Paulo, que o paradeiro de Santos foi identificado depois de sua eleição e por isso um pedido formal deve ser enviado ao Departamento de Justiça dos EUA para que ele seja notificado.
O deputado negou ter cometido crimes no Brasil em uma entrevista na semana passada, mas em 2009 admitiu ter roubado o talão de cheques de um antigo patrão de sua mãe à polícia.
O brasileiro eleito nos EUA vem enfrentando uma série de acusações. Em novembro o New York Times publicou uma reportagem que expunha mentiras no currículo do político, como a formação na Baruch College de Nova York, e a atuação no Citigroup Bank e no Goldman Sachs Investment Bank. Após negar, ele acabou admitindo não ter ensino superior ou ter trabalhado diretamente nas instituições.
Em relação à notificação da justiça, ele pode optar por não se manifestar e, dessa forma, será julgado à revelia com a possibilidade de condenação a cinco anos de prisão.
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