Todos os funcionários carcerários que haviam sido feitos reféns por presos no Equador foram libertados na noite deste sábado (13), informou a autoridade do Snai (Servicio Nacional de Atención Integral a personas Adultas Privadas de la Libertad y a Adolescentes Infractores), que administra as prisões no país.
El Servicio Nacional de Atención Integral a Personas Adultas Privadas de la Libertad y a Adolescentes Infractores informa: pic.twitter.com/8qxKzjY8Sq
— SNAI Ecuador 🇪🇨 (@SNAI_Ec) January 14, 2024
O Equador vive uma crise de segurança após a fuga do chefe da maior quadrilha criminosa de um presídio. Mais de 170 pessoas, entre agentes penitenciários e servidores da área administrativa, foram feitas reféns, de acordo com os balanços que foram divulgados aos poucos pelo órgão.
Os servidores libertados foram encaminhados para avaliação médica, e o Snai afirmou que vai iniciar as investigações pertinentes para apurar as causas e os responsáveis pelos acontecimentos nas prisões.
As libertações só foram possíveis com os protocolos de segurança e trabalho executados em conjunto com a Polícia Nacional e as Forças Armadas, diz a nota divulgada pelo órgão.
As quadrilhas ligadas ao narcotráfico nacional e internacional estão no centro da crise de segurança enfrentada pelo país. A situação no Equador ganhou novas proporções na última terça-feira (9), após uma emissora de TV ser invadida por homens fortemente armados com revólveres e bombas.
A crise na nação sul-americana tem origem em motins em prisões e faz parte de uma onda de violência que vem tomando conta do país desde agosto de 2023. A eleição presidencial, marcada para o ano de 2025, foi antecipada para aquele mês após a dissolução da Assembleia Nacional.
Também em agosto, às vésperas da votação, Fernando Villavicencio, um dos candidatos à presidência, foi morto a tiros à luz do dia após sair de um comício.