MORTE DE BRASILEIRA

Caso Emmily Rodrigues: teste em preservativos usados deu negativo

Segundo testemunhas, não houve atividade sexual naquela noite. No local, foram consumidas drogas como cocaína, “ecstasy” e LSD, além de álcool.

Caso Emmily Rodrigues: perícia em preservativos usados deram negativo
O corpo da modelo brasileira Emmily Rodrigues foi encontrado no dia 30 de março no pátio interno de um prédio em Buenos Aires (Crédito Foto: Reprodução

No local onde Emmily Rodrigues perdeu a vida, foram encontrados preservativos usados, entre outras provas, que foram periciados pelas autoridades. Os testes deram negativo, o que é consistente com declarações de testemunhas de não ter havido atividade sexual naquela noite. A família, por outro lado, desconfia dessas versões.

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O corpo da modelo foi encontrado na manhã do dia 30 de março no pátio interno de um prédio em Buenos Aires. Emmily teria caído do 6º andar.

Segundo o advogado que representa os pais da modelo, Ignacio Trimarco, as camisinhas usadas foram encontradas em uma lata de lixo. Os testes foram realizados pela Divisão de Análises Físicas, Químicas e Industriais da Superintendência de Polícia Científica da Polícia Civil. A Justiça recebeu o resultado na quinta-feira (06).

Para realizar a análise, os especialistas explicaram que foi utilizado o Human Semen Rapid Test Cassete, um imunoensaio qualitativo para sêmen humano para uso forense baseado na técnica de cromatografia de fluxo lateral. Eles também foram testados por outro método para detectar vestígios de sangue humano.

Ao contrário das suspeitas da família de Emmily, os testes reativos deram resultado negativo para sêmen e sangue humano “em todas as amostras”. Por outro lado, os resultados coincidem com as declarações das testemunhas. Todas indicaram que não presenciaram nenhuma atividade sexual. Conforme indicado pelo Infobae, fontes próximas a Francisco Sáenz Valiente afirmaram que as camisinhas eram velhas.

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Segundo a Télam, fontes do Judiciário revelaram que, nesta terça-feira (18), expiraria o prazo que o juiz do caso, Martín Del Viso, teria para decidir a situação do empresário: se ele será processado, demitido ou ainda se terá revogada sua liberdade durante as investigações.

Com base na descoberta de um kit de lingerie erótica e preservativos usados ​​no local dos fatos, o advogado que representa Emmily Rodrigues Santos Gomes sustenta que o empresário acusado, Sáenz Valiente, e as outras três testemunhas teriam mentido quando testemunharam que não houve sexo naquela noite.

“A descoberta de um preservativo usado na cena do crime, em princípio, contradiz ou refuta as versões do próprio acusado e de suas amigas, que afirmaram que não houve atividade sexual naquela noite”, explicou Trimarco.

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As mulheres apontadas pelo advogado são a argentina Lía Figueroa Alves, a primeira a deixar o local após ver Emmily “chateada”, a cubana Dafne Santana, que saiu antes da morte da modelo, e a médica brasileira Juliana Magalhães Mourão, a única testemunha ocular da morte da jovem.

“Se as testemunhas que saíram antes, ou seja, Lía e Dafne, não viram nenhuma atividade sexual, devemos entender que quando Francisco e Juliana saíram, aquele preservativo foi usado . E surge a pergunta, se foi assim, por que eles não relataram isso nem em seu depoimento nem em sua investigação”, questionou Trimarco.

Drogas usadas na noite em que Emmily morreu

Nesse sentido, o advogado recordou que a jovem caiu do sexto andar do edifício “completamente nua”, donde levantou-se a hipótese de terem tentado abusar sexualmente da vítima: “Eles teriam ministrado drogas a Emmily, teriam tentado abusar sexualmente dela e que, em algum momento, ela resistiu e foi aí que começou seu ataque de raiva, nervosismo e euforia em que ela pediu ajuda a polícia e, a partir disto, ocorreu sua morte”.

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Por sua vez, um dos advogados de defesa de Sáenz Valiente, Rafael Cúneo Libarona, argumentou que seu cliente nega ter fornecido entorpecentes à modelo. No entanto, ele reconheceu que havia drogas em uma das mesas do local e que o empresário estava consumindo-as naquela noite.

As testemunhas daquele dia afirmaram que a jovem havia consumido álcool, maconha, cocaína e “tuci”, uma forma abreviada de chamar “cocaína rosa” para a abreviação de “tucibi”, pronúncia em inglês da sigla 2C-B , que combina os efeitos do LSD com os efeitos eufóricos do ecstasy ou MDMA.

**A reportagem completa você encontra no site da Perfil.com

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