ORIENTE MÉDIO

Chefe militar de Israel afirma que ataques ao Hezbollah em Beirute vão continuar

O conflito se insere em uma teia complexa de enfrentamentos que envolve o Irã e o chamados Eixo da Resistência, que inclui outros grupos como o Hamas, as milícias no Iraque e outras forças anti-israelenses

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Forças de Israel no Líbano – Crédito: Getty Images

No cenário conturbado do Oriente Médio, a recente escalada de tensões entre Israel e grupos apoiados pelo Irã trouxe novos desdobramentos para o conflito. Nas últimas semanas, o exército israelense intensificou as ações contra o Hezbollah. Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior Geral das Forças de Defesa de Israel, afirmou que o objetivo das operações é destruir a infraestrutura terrorista do Hezbollah, que, segundo ele, ameaça diretamente a segurança de comunidades israelenses próximas à fronteira. O discurso do chefe militar foi acompanhado de um alerta claro: Israel não permitirá a consolidação do Hezbollah nesses territórios estratégicos.

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A questão do ataque ao Hezbollah passa por diversos fatores políticos e militares. Inicialmente, Israel acusa o grupo de ter construído instalações de armas em áreas civis de Beirute, pondo em risco a vida de habitantes locais. Além disso, o Hezbollah, que recebe apoio significativo do Irã, é visto como uma ameaça contínua devido à sua capacidade militar e à sua posição ideológica contra Israel. Assim, destruir a infraestrutura do Hezbollah é visto por Israel como um passo essencial para garantir a segurança nacional.

O conflito com o Hezbollah não ocorre de forma isolada. Ele se insere em uma teia complexa de enfrentamentos que envolve o Irã e o chamados Eixo da Resistência, que inclui outros grupos como o Hamas, as milícias no Iraque e outras forças anti-Israel. Para uma compreensão mais clara dessa dinâmica, é importante olhar para as frentes de conflito ativas na região:

  • Hamas na Faixa de Gaza
  • Hezbollah no Líbano
  • Milícias na Síria
  • Houthis no Iêmen
  • Grupos xiitas no Iraque
  • Organizações na Cisjordânia

🇮🇷🇮🇱 “Temos a capacidade de alcançar e atacar qualquer ponto no Oriente Médio, e aqueles de nossos inimigos que não entenderam isso até agora, entenderão em breve”, – Herzi Halevi, Chefe do Estado-Maior Israelense.

— Global Monitor (@globalmonitor.bsky.social) October 2, 2024 at 12:01 PM

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Como as operações de Israel estão sendo executadas?

Israel tem empreendido uma série de bombardeios aéreos estratégicos, além de operações terrestres limitadas para neutralizar o comando do Hezbollah. Desde o assassinato de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em setembro de 2024, o exército israelense relatou ter eliminado uma parte significativa da liderança do grupo. Essas ações são vistas por Israel como medidas necessárias para enfraquecer a capacidade operacional do Hezbollah.

A situação tem gerado reações diversas. O Brasil, por exemplo, manifestou preocupação com a morte de dois adolescentes brasileiros durante os ataques e tem buscado medidas para repatriar seus cidadãos. Internacionalmente, há uma pressão crescente para que o conflito seja resolvido por vias diplomáticas, enquanto a região enfrenta uma das piores crises humanitárias dos últimos anos, especialmente na Faixa de Gaza.

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