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Chega: a trajetória do partido português de extrema-direita que pode mudar o rumo político do país

Desde sua fundação, em 2019, a sigla e suas ideologias multiplicam-se pelo país

As eleições legislativas de Portugal aconteceram no último domingo (10), com a vitória da coligação Aliança Democrática (AD), liderada pelo Partido Social Democrata (PSD), com uma pequena margem sobre o Partido Socialista (PS).
André Ventura, líder e co-fundador do partido – Créditos: Pedro Rocha

As eleições legislativas de Portugal aconteceram no último domingo (10), com a vitória da coligação Aliança Democrática (AD), liderada pelo Partido Social Democrata (PSD), com uma pequena margem sobre o Partido Socialista (PS).

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Porém, quem roubou os holofotes foi o terceiro colocado da corrida, o partido de extrema-direita Chega (CH), que foi de 12 cadeiras no Parlamento para 48, quatro vezes mais. Desde sua fundação, em 2019, a sigla e suas ideologias multiplicam-se pelo país.

Chega

O partido tem uma curta história e nasceu de divergências no PSD. Em 2019, um pequeno grupo liderado por André Ventura, uma vez candidato à presidência portuguesa, separou-se e fundou o Chega. O partido segue todas as ideologias que políticos direitistas ao redor do mundo, como Donald Trump, Javier Milei e Jair Bolsonaro, vêm pregando por anos. Membros do CH defendem a família tradicional, o enxugamento da máquina pública e políticas de imigração mais rígidas. Também são contra o feminismo e qualquer ideologia de gênero.

No primeiro pleito de sua história, as eleições legislativas de 2019, o CH conseguiu 66 442 votos, conseguindo, assim, apenas uma cadeira no Parlamento, ocupada por Ventura. Ele também se candidatou nas eleições presidenciais de 2021, angariando quase 500 mil votos, cerca de 11% do total.

Em 2022, o CH passou a ocupar 12 cadeiras parlamentares, com mais de 410 mil votos, até chegar, finalmente, em 2024, com o quádruplo de vagas, sendo o 3º partido mais votado no país.

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A história interna do Chega é permeada por polêmicas, desde divergências, acusações de falta de democracia interna, até expulsões de membros. Por exemplo, em 2023, após ser suspenso pela comissão de ética do partido, um dos fundadores, José Dias, foi expulso da sigla por publicar, em suas redes sociais, conteúdos que, segundo o partido, lesavam a honra de André Ventura.

Brasileiro eleito

Dos 48 deputados eleitos pelo CH, um é brasileiro. O carioca Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos, residente de Portugal desde 2009, agora é um deputado da região do Porto. Além disso, ele é o dirigente distrital do partido na cidade.

A eleição de Marcus repercutiu no meio da direita brasileira. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, elogiou o novo cargo do político do Chega.

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