acusações graves

Chile convoca embaixador do Brasil após Bolsonaro atacar Boric em debate

Em sua fala final no debate, Bolsonaro criticou lideranças de esquerda na América Latina e acusou Boric de atear fogo em metrôs durante os protestos de outubro de 2019.

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Jair Bolsonaro e Gabriel Boric (Créditos: Guillermo Legaria/Getty Images e Rodrigo Paiva/Getty Images)

O governo do Chile convocou para uma reunião nesta segunda-feira (29) o embaixador brasileiro em Santiago para tratar das declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o líder chileno, Gabriel Boric, no debate presidencial de domingo (28).

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Em sua fala final no debate, Bolsonaro criticou lideranças de esquerda na América Latina e acusou Boric de atear fogo em metrôs durante os protestos de outubro de 2019, que pediam uma maior igualdade social.

“Lula apoiou o presidente do Chile também; o mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs, e olha para onde está indo o nosso Chile”, disse Bolsonaro em suas considerações finais.

A ministra das Relações Exteriores do Chile, Antonia Urrejola, disse que as acusações de Bolsonaro sobre Boric são “falsas” e “gravíssimas”.

“Em nome do governo do Chile, quero fazer uma declaração sobre as afirmações que o presidente Jair Bolsonaro do Brasil fez ontem em um debate eleitoral em que acusou diretamente o presidente Gabriel Boric de ter posto fogo no metrô. Como governo, nos parece que essas declarações são gravíssimas, obviamente são absolutamente falsas. Lamentamos que tirem proveito do contexto eleitoral para polarizarem as relações bilaterais através da desinformação e das notícias falsas”, declarou Urrejola.

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Segundo o jornal chileno “La Tercera”, Urrejola, a ministra, afirmou que os chilenos estão convictos de que não é assim que se faz política, ainda mais quando se trata de dois chefes de Estado eleitos democraticamente, e que, mesmo com as diferenças ideológicas, deveria existir uma relação de respeito.

A ministra das Relações Exteriores afirmou que é preciso fortalecer a relação com o Brasil: “Esperamos poder continuar enfrentando os diferentes desafios como povos irmãos que somos, apesar dessas declarações do presidente Bolsonaro”.

 

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