O mês de outubro reserva um espetáculo celeste que promete encantar entusiastas da astronomia: a passagem do “Cometa do Século”. Este fenômeno raro ocorrerá quando o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) fizer sua máxima aproximação à Terra, a uma distância impressionante de 70.724.459 quilômetros. Para os amantes da astronomia, é um evento imperdível.
Durante agosto e setembro, o cometa esteve longe dos olhares curiosos devido à baixa elongação, ou seja, sua proximidade aparente ao Sol. Somente na semana de 22 de setembro foi possível vislumbrar o fenômeno no céu ao amanhecer. Para aqueles que perderam a chance, agora, no domingo (13), ele voltará a dar as caras de maneira mais evidente após o pôr do sol.
O que torna o cometa do século tão especial?
A expectativa em torno do C/2023 A3 se deve não apenas à sua proximidade com a Terra, mas também à sua semelhança em brilho com o famoso cometa Hale-Bopp observado em 1997. Desde então, nenhum outro cometa apresentou tal magnitude visível, o que rende ao C/2023 A3 o apelido de “Cometa do Século”.
Como observar cometa do século?
Visualizar o fenômeno requer algumas precauções. De acordo com o pesquisador Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, à Agência Brasil, é fundamental escolher um local livre de poluição luminosa. Para melhores resultados de observação, siga estas dicas:
- Procure um local com o horizonte leste desobstruído por volta das 4h30 da manhã.
- Prefira observar com binóculos ou telescópios, principalmente durante as primeiras horas do dia.
- Na segunda metade de outubro, após o pôr do sol, olhe para o horizonte oeste.
Será visível a olho nu?
Uma questão que instiga muitos observadores é se o cometa será visível a olho nu. Apesar de sua magnitude promissora, o brilho desses corpos celestes pode ser volátil. É provável que o uso de binóculos ou telescópio seja necessário para vislumbrar detalhes do fenômeno, ao menos até ele se afastar mais brilhante do Sol.
Entendendo o C/2023 A3
A trajetória do C/2023 A3 é fascinante, começando na Nuvem de Oort, como explica Monteiro. Cometas não periódicos, como este, são remanescentes da formação do sistema solar, um lembrete do passado distante do nosso cosmos. O nome Tsuchinshan-ATLAS homenageia as instituições que se empenharam na sua descoberta, marcando-o como o terceiro cometa identificado em 2023.
Portanto, prepare seu equipamento, encontre seu lugar no céu e esteja pronto para testemunhar um dos eventos celestiais mais espetaculares do ano. Afinal, não é todo dia que temos a chance de contemplar um verdadeiro “Cometa do Século”.
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