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Como foi a participação do ministro da Economia da Argentina em Davos?

Junto com o chefe de Gabinete, Nicolás Posse, e a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, o chefe do Palácio da Fazenda fez várias declarações sobre a situação nacional

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, realizou uma coletiva com a imprensa internacional após a participação do presidente Javier Milei, no Fórum Econômico Mundial de Davos.
Luis Caputo se encontra com o presidente do Banco Central da Suíça Thomas Jordan – Créditos: Reuters

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, realizou uma coletiva com a imprensa internacional após a participação do presidente Javier Milei, no Fórum Econômico Mundial de Davos.

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Ele fez isso após se reunir com diretores e representantes de várias entidades bancárias e empresas de setores diversos, como energéticos, exploração de recursos naturais, indústria farmacêutica e alimentícia (incluindo Amazon, Glencore, Total, Naturgy e MSD).

Junto com o chefe de Gabinete, Nicolás Posse, e a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, o chefe do Palácio da Fazenda fez várias declarações sobre a situação nacional, com ênfase especial na inflação, após a divulgação da variação mensal de 25,5% no IPC durante dezembro. Ele também abordou a possibilidade de dolarização da economia e o adiamento do fechamento do Banco Central, uma das promessas de campanha do presidente libertário.

O que Luis Caputo disse sobre o dólar e a dolarização?

Caputo foi enfático ao descartar a dolarização a curto prazo, esclarecendo que não é um plano que o governo planeja implementar no momento. Embora tenha reconhecido a possibilidade no futuro, reforçou que “ainda não estão dadas as condições” e que a prioridade é “estabilizar a economia”.

” A situação argentina se deteriorou maciçamente no último trimestre do ano passado. Não há pressa para essa dolarização. A prioridade é estabilizar a economia”, acrescentou durante a coletiva de imprensa, conforme relatado pelo jornal La Nación.

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Neste sentido, ele destacou o recente acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), chamando-o de “o mais rápido já obtido”. “Nossa relação é excelente. Não se trata de um novo acordo, mas somos muito otimistas. Além disso, esperamos ter um novo programa. Mas, desta vez, resolveremos por conta própria”, enfatizou.

Quanto ao problema da inflação na Argentina, com um aumento de 25,5% no décimo segundo mês de 2023, fechando com um aumento de 211,4%, a marca mais alta desde a última hiperinflação no início do mandato de Carlos Menem, Caputo foi cauteloso e evitou fazer previsões sobre os próximos indicadores de inflação.

“De maneira alguma podemos fazer uma previsão sobre isso, porque depois ficamos presos. Esperamos que as coisas melhorem até o final do ano”, afirmou.

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A esses comentários, Posse acrescentou, destacando: “Quanto mais rápido colocarmos em prática nosso programa, o qual foi votado pelo povo, mais rapidamente a situação econômica melhorará. E a recessão será mais curta”.

O futuro do Banco Central na gestão de Milei

No que diz respeito à postergada implementação da promessa de campanha de Milei de fechar o Banco Central, o chefe do Ministério da Economia mais uma vez enfatizou que, antes de tomar uma medida desse tipo, “é necessário estabilizar a economia”. “Depois, lidaremos com isso”, destacou.

Apesar da falta de detalhes precisos, com essas declarações, o funcionário reiterou que o encerramento da entidade monetária continua sendo, no futuro, uma meta do governo, apesar de tê-la utilizado no início do ano para se financiar, emitindo uma nota a dez anos no valor total de US$ 3,2 bilhões, com o objetivo de enfrentar vencimentos da dívida externa.

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