REATANDO LAÇOS

Cuba sedia primeira conferência de negócios com os EUA em anos

Ilha caribenha está sob sanções impostas pelos EUA há 60 anos.

Governo Biden tem investido em reaproximações com Havana. (Créditos: Chip Somodevilla/Getty Images)

Algumas dezenas de empresários norte-americanos enfrentaram duras sanções dos Estados Unidos e a pior crise econômica de Cuba em décadas para participar de uma conferência em Havana nesta quarta-feira (26), com foco no novo setor privado e com o objetivo de aumentar o engajamento entre os países inimigos da era da Guerra Fria.

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A Câmara de Comércio cubana e a consultoria FocusCuba, com sede em Washington, que estão sediando o encontro, disseram que o evento de três dias foi o primeiro desde pelo menos 2018, quando o ex-presidente dos EUA Donald Trump impôs novas sanções sobre o embargo comercial de décadas.

As delegações cubana e norte-americana criticaram as sanções, a maioria das quais ainda estão em vigor, e pediram ao presidente norte-americano, Joe Biden, que abandone as políticas de seu antecessor.

O presidente da Câmara de Comércio cubana, Antonio Luis Carricarte, chamou a reunião no famoso Hotel Nacional de um “dia histórico”, elogiando a persistência dos representantes presentes de ambos os lados do Estreito da Flórida.

Durante um breve degelo nas relações sob o ex-presidente Barack Obama, centenas de empresas norte-americanas chegaram para explorar oportunidades na quase proibida nação insular comunista.

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Os empresários dos EUA presentes representam uma variedade de setores, desde serviços de alimentação a compras online, transferências digitais de dinheiro, transporte e finanças.

Acho que os participantes estão buscando clareza em termos do que é possível com o investimento do lado cubano neste novo setor privado, embora quaisquer acordos também devam ser aprovados pelos reguladores dos EUA”, disse Phil Peters, fundador da FocusCuba à Reuters. “Precisamos de mais clareza lá também.”

O governo Biden afrouxou algumas restrições a Cuba sobre remessas, turismo e migração. Também manifestou interesse em apoiar o setor privado de Cuba.

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