crise energética

“Devemos nos preparar para uma interrupção do fornecimento de gás russo”, diz presidente da Comissão Europeia

A Comissão anunciou nesta quarta (20) uma meta voluntária aos Estados-membros da União Europeia de reduzir o consumo de gás em 15%.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen (Créditos: Sean Gallup/Getty Images)

Sofrendo com uma severa crise energética, a Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (20) uma meta voluntária aos Estados-membros da União Europeia (UE) de reduzir o consumo de gás em 15% de agosto a março, em comparação com a média no mesmo período de 2016 a 2021.

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Os membros do principal bloco europeu estão se mobilizando para abastecer seus estoques de gás antes do inverno, caso a Rússia, que está em guerra com a Ucrânia, restrinja ainda mais as exportações de combustíveis em retaliação às sanções ocidentais.

“Devemos nos preparar para uma possível interrupção total do fornecimento de gás russo”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em entrevista coletiva em Bruxelas.

“A Rússia está nos chantageando. A Rússia está usando a energia como arma. Portanto, seja um corte parcial e importante do gás russo ou um corte total do gás russo, a Europa precisa estar pronta.”

Segundo a líder, alguns Estados-membros são “mais vulneráveis” à interrupção do fornecimento de gás, e todos os países “precisam estar prontos para compartilhar gás”.

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Controvérsias diante do plano europeu

Inicialmente, a meta de redução de consumo do gás é voluntária, mas pode tornar-se obrigatória em caso de emergência de abastecimento. O regulamento precisa ser aprovado pela maioria dos países do bloco. Diplomatas devem discutir o plano na sexta-feira, com o objetivo de aprová-lo numa reunião de emergência dos ministros de Energia em 26 de julho.

No entanto, o projeto já encontra resistência de alguns países, que afirmam que seus planos de contingência não precisam de um empurrão da UE.

Entre eles está a Polônia, que atualmente está com 98% do estoque de gás preenchido e, portanto, acredita que não seja necessário poupar. O armazenamento de outros países é menor: o da Hungria, por exemplo, está em 47%.

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