Argentina

Em primeiro dia de mandato, Javier Milei nomeia a irmã e revisa cargos públicos

Primeiras medidas do novo presidente indicam propensão a um governo liberal e reformista

Javier-Milei
Presidente da Argentina Javier Milei – Crédito: Reprodução/Perfil Argentina

Em seu primeiro dia de mandato nesta segunda (11), o presidente da Argentina Javier Milei fez a primeira reunião com os seus nove ministros na Casa Rosada, a sede do governo. O governo tem priorizado reduzir a atuação do Estado e diminuir os gastos públicos.

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Milei reduziu de 22 para 9 o número de ministérios no país, reorganizando suas funções. O novo presidente determinou uma revisão nos cargos e contratos do governo, ordenando que os ministros adotem uma exigência de trabalho 100% presencial a todos os membros de suas pastas. Segundo a vice-presidente, Victoria Villaruel, Milei também pediu um inventário geral” de todos os funcionários públicos e cargos comissionados, além de um levantamento de todos os contratos vigentes nos ministérios.

Foi assinado o primeiro Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), usado quando o presidente resolve legislar sobre temas urgentes, e que também vale apenas para áreas limitadas e por tempo determinado. Milei também assinou o decreto 12/2023 que criou uma exceção para nomeações feitas pelo presidente, revogando parte do decreto do ex-presidente Mauricio Macri que limitava a nomeação de familiares para cargos públicos.

Milei indicou a irmã, Karina, como secretária-geral do governo, sendo responsável por auxiliar o presidente em políticas públicas, preparação de comunicados, participação em tarefas cerimoniais e protocolares, além de gestão das relações com o público, segundo a imprensa argentina.

O ministro da Economia Luis Caputo deve anunciar hoje (12) o pacote de medidas da nova gestão que compõe o plano de ajustes fiscais do governo Javier Milei. Ainda não há informações oficiais sobre os principais pontos do pacote que será anunciado, mas a imprensa argentina tem afirmado que itens como a liberação de preços dos combustíveis, aumento no valor do dólar comercial oficial, congelamento de gastos e redução dos subsídios nas tarifas devem ser anunciados.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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