O governo de Javier Milei implementou várias medidas de ajuste que afetam praticamente todos os setores da sociedade. No entanto, uma pesquisa avaliou as iniciativas da administração de “La Libertad Avanza” e a que gerou mais imagem negativa sobre o mandatário nacional não está relacionada a esses cortes.
Um estudo realizado em meados de março pela CB Consultora, do analista Cristian Buttié, compilou o testemunho de cerca de 1.271 casos em todo o país.
Lá, foi perguntado sobre a controvérsia gerada pelos aumentos nos salários dos deputados e senadores nacionais: “Recentemente, o Presidente Milei assinou um decreto concedendo aumentos de salário de até 48% para ele e seu Gabinete de ministros. Diante das críticas e da polêmica, ele revogou o decreto e afirmou que não estava ciente dele, posteriormente demitindo o funcionário responsável. Você estava ciente dessa polêmica?”.
Segundo um artigo do jornalista Eduardo Paladini no Clarín, a resposta foi alarmante para o presidente porque mais de 70% responderam que sim, e além disso, a maioria não acreditou na explicação de Milei, quando ele disse desconhecer a medida, culpou um decreto antigo de Cristina Kirchner e desvinculou seu então secretário de Trabalho, Omar Yasin.
Os dados específicos indicaram que 47,7% não acreditaram no chefe de Estado, contra 41,1% que “sim” e 10,9% que escolheram a opção “não sei”.
Mais adiante, a CB perguntou precisamente sobre a situação dos salários, onde menos de 10% responderam que “dá bem” para chegar ao final do mês. E quase 80% admitem ter que cortar gastos.
Quanto a este último ponto, 30,1% responderam que passaram a comprar marcas mais baratas; 27,1% que cortaram gastos com lazer em geral; e 10,7% que compram menos roupas.
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