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Malvinas: Milei fala sobre início de uma “nova era” em defesa das Forças Armadas

Presidente argentino participou de cerimônia em homenagem aos 42 anos da Guerra das Malvinas; político estava acompanhado da vice-presidente Victoria Villarruel e do ministro da Defesa, Luis Petri

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Javier Milei fez discurso enaltecendo Forças Armadas em cerimônia sobre Guerra das Malvinas – Créditos: Reprodução

O presidente argentino Javier Milei fez uma comemoração em tributo ao 42º aniversário da Guerra das Malvinas com o Reino Unido. O líder chegou de manhã na Plaza San Martín da cidade de Buenos Aires para colocar uma coroa de flores no Cenotáfio dos Caídos nas Malvinas e, desta forma, prestar homenagem aos 649 soldados que morreram nas ilhas.

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Milei estava acompanhado do ministro da Defesa, Luis Petri, da secretária Geral da Presidência, Karina Milei, e da vice-presidente Victoria Villarruel, que é filha de um ex-combatente das Malvinas. No evento, ela expressou um posicionamento diferente do presidente.

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O chefe de Estado celebrou as Forças Armadas e criticou políticos corruptos, enfatizando “a reivindicação inabalável pela soberania argentina sobre as Malvinas, a Geórgia do Sul, as Ilhas Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes”.

De acordo com Milei, as exigências soberanas do país não foram ouvidas internacionalmente porque suas lideranças não foram respeitadas. “Ninguém levaria a sério as reivindicações de inadimplentes em série, líderes corruptos ou políticos que, mais do que um país de visão, defendem um modelo de negócio”, afirmou.

Continuando seu raciocínio, o argentino explicou as duas condições necessárias para seu país ser levado mais a sério. “Essa nação deve ser protagonista no comércio internacional e também deve ter Forças Armadas capazes de defender seu território contra qualquer um que tente invadi-lo”.

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O político disse que o seu governo é o primeiro a se encarregar da falta de reivindicação nas “suas” ilhas, além de ter um rumo claro para transformar a Argentina em uma nação verdadeiramente próspera e soberana.

Milei ainda fez referência ao ex-presidente Julio Argentino Roca, descrevendo-o como a principal inspiração da reivindicação argentina pela sua soberania. “Neste 2 de abril, em homenagem aos nossos veteranos e suas famílias, temos que seguir o seu exemplo. A Argentina exige uma economia próspera e vigorosa, uma economia que gere riqueza e oportunidades em todos os cantos do país”, acrescentou. “Nos anos em que a nossa soberania foi consolidada, as Forças Armadas foram valorizadas por toda a liderança e pela sociedade; o uso da farda era motivo de enorme orgulho.

Antes de encerrar sua fala, o presidente fez uma homenagem direta aos veteranos argentinos. “Não quero que o respeito pelas Forças Armadas e pelos heróis das Malvinas seja um monopólio de um espaço político”, afirmou. Milei fez um apelo à toda a sociedade e lideranças políticas para inaugurar “uma nova era de reconciliação com as Forças Armadas” que transcendem seu governo.

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Governadores da Patagônia

Sem a participação de funcionários da administração do presidente Javier Milei, os governadores da Patagônia, liderados pelo governador da Terra do Fogo, Gustavo Melella, participaram ontem à noite da tradicional vigília das Malvinas. Os eventos em Rio Grande estavam previstos para começar às 20h desta segunda-feira e continuarão durante todo o dia de hoje.

Além de Melella, estiveram presentes os governadores de NeuquénRolando Figueroa ; de ChubutIgnácio Torres ; e de Santa CruzClaudio Vidal ; enquanto os de Rio Negro, Alberto Weretilneck, e de La Pampa, Sergio Ziliotto, enviaram seu endosso às cerimônias. A reunião dos dirigentes provinciais ocorreu num momento em que a tensão com o governo argentino permanece devido à discussão da Lei de Bases no Congresso e aos cortes de financiamento.

Registros do evento também evidenciaram a ausência de autoridades nacionais na tradicional vigília, ato que costuma receber o Ministro da Defesa ou o Ministro do Interior.

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