A Justiça do estado de Maine, na região nordeste dos Estados Unidos, retirou o embargo que tinha imposto ao ex-presidente Donald Trump, o que torna o republicano elegível novamente no estado. O Judiciário agora espera a decisão da Suprema Corte do país.
Em 28 de dezembro, a secretária de Estado de Maine, Shenna Bellows, seguindo os passos da Suprema Corte do estado do Colorado, barrou a candidatura de Trump, com a premissa de participação do republicano na insurreição ao capitólio, ocorrida em 2021, que protestava contra a posse do recém-eleito Joe Biden. A Justiça de Maine ordenou que Bellows não botasse em prática sua decisão.
🇺🇸 ATENÇÃO: Justiça do Maine suspende a decisão de retirar Trump da cédula no estado até que a Suprema Corte decida sobre a questão.
Juiz do Maine ordenou que as autoridades eleitorais do estado esperassem a decisão da Suprema Corte dos EUA sobre a elegibilidade de Donald Trump. pic.twitter.com/QYE1NGCiue
— Central da Política (@centralpolitcs) January 17, 2024
Insurreição
Apesar de serem os únicos a tomar uma decisão, Colorado e Maine não estão sozinhos. A Suprema Corte dos EUA recebeu pedidos de figuras políticas e jurídicas de outros estados para impugnar a candidatura do ex-presidente, todos com o mesmo motivo: seu envolvimento nos ataques às instituições democráticas do país.
O pedido se embasa na Constituição estadunidense. Entre 1861 e 1865, a nação viveu uma guerra civil, na qual os estados do sul do país buscavam separar-se do resto do território americano. Após a vitória do norte, incluiu-se um artigo no sumo documento dos EUA, com uma cláusula detalhando que os ex-comandantes de Estado que tentaram separar-se estavam proibidos de ocupar cargos públicos novamente.
Como esta é uma lei antiga, a defesa de Trump alega que a regra não se aplica para ex-presidentes, de acordo com o regime democrático atual. O julgamento terá início em 8 de fevereiro, menos de um mês antes da Super Tuesday, quando a maioria dos estados americanos decidem suas eleições primárias.