Ricardo Celle, estudante brasileiro, disse que as sanções econômicas que foram aplicadas pelos países ocidentais à Rússia trouxeram impactos para sua vida, ele cursa medicina na cidade russa de Kursk.
Em entrevista à CNN Rádio, ele contou que, uma vez houve o endurecimento das medidas, “não tinha como sobreviver na Rússia”: “Maioria dos russos correu para os bancos para comprar moeda estrangeira, eu fiz a mesma coisa e saí [do país] devido às sanções.”
Na última quinta-feira (9), Ricardo desembarcou no Brasil: “Eu fui bem afetado, não conseguia entrar em nenhuma conta bancária.” A universidade dele permitiu que ele participasse das aulas de forma virtual: “Deixei tudo pago e volto quando der, quando contornar a situação.”
Na região onde mora, Ricardo afirmou que o presidente russo Vladimir Putin “é bem visto” e que houve orientação de prefeitos para “tentar normalizar” a invasão à Ucrânia. “Retiraram restrições sanitárias, liberaram acesso a shoppings, como se estivesse tudo bem, alguns deram orientação para guardar comida, remédios, mas falaram que o conflito iria se resolver em menos de um mês”, contou.
O estudante ainda disse que os russos evitam usar a palavra guerra e tratam apenas como “operação militar”: “Mas a maioria das pessoas com as quais conversei não está a favor, mas, para não ter problema com trabalho, por exemplo, estão cautelosos.” “O país oprime um pouquinho diante de opiniões contrárias ao governo”, completou. Ricardo Celee ainda reforçou que há muito nacionalismo na Rússia, algo que considera bonito, e que “eles acreditam que estão fazendo a coisa certa”.
“PERFECT STORM FOR WHEAT
gráfico com o preço futuro. Não apenas a Ucrânia e a Rússia suspenderam as exportações de trigo (elas são os exportadores globais nº 1 e nº 5 de trigo). Muitos países menores fizeram o mesmo.“
PERFECT STORM FOR #WHEAT
— El descansista (@eldescansista) March 14, 2022
chart with the futures price. Not only #Ukraine and #Russia have suspended exports of wheat (they are the #1 and #5 global exporters of wheat). Many smaller countries have done the same. ⬇️ pic.twitter.com/baHzZw6DW6