O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse nesta quarta-feira (9) que os EUA não apoiam a transferência de caças para a Ucrânia.
O secretário de Defesa Lloyd Austin disse ao ministro da Defesa polonês que os EUA não apoiam a transferência de caças MiG-29 para a força aérea ucraniana “neste momento”, seja pela Polônia transferindo-os para a Ucrânia com os EUA preenchendo a frota da Polônia ou pela Polônia transferindo os MiG-29 para os EUA para depois entregá-los à Polônia.
A conversa se deu por telefone nesta manhã depois que o Pentágono divulgou uma declaração pública na noite passada dizendo que não acreditava que a proposta polonesa de transferir os MiG-29 para uma base militar dos EUA na Alemanha fosse uma opção “sustentável”.
”Estamos agora em contato com o governo polonês após o comunicado divulgado hoje. Como dissemos, a decisão de transferir aviões de propriedade polonesa para a Ucrânia é, em última análise, do governo polonês”, escreveu Kirby em seu Twitter.
We are now in contact with the Polish government following the statement issued today. As we have said, the decision about whether to transfer Polish-owned planes to Ukraine is ultimately one for the Polish government. (1/4)
— John Kirby (@PentagonPresSec) March 8, 2022
Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.