oriente médio

Exército israelense se retira do hospital Al-Shifa após cerco de duas semanas

Testemunhas palestinas afirmam que o espaço ficou destruído após ocupação; Israel diz ter retirado pacientes e equipes médicas sem ferir civis

hospital
Forças Israelenses saem do Hospital Al-Shifa, maior de Gaza – Créditos: Getty Images

Militares israelenses anunciaram sua saída do maior hospital de Gaza, o Al-Shifa, após uma operação de duas semanas. De acordo com testemunhas e autoridades de Gaza, a ocupação arruinou o centro médico.

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Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, publicou nesta segunda-feira (1) um comunicado sobre o estado do local. “Muitos dos edifícios estão totalmente destruídos ou carbonizados. Há corpos enterrados nos pátios do hospital. Mais de 30 feridos de Al-Shifa para o Hospital Batista Al-Ahli”.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) emitiram uma nota confirmando sua retirada do complexo médico. Os agentes afirmaram que concluíram as “atividades operacionais precisas”, incluindo uma varredura no hospital em busca de armas e documentos sigilosos.

O exército israelense havia invadido o hospital de Al-Shifa em 18 de março sob a justificativa de que ele era utilizado como base de operações do grupo Hamas.

Ataques no hospital

Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, cerce de 3 mil pessoas estavam no hospital em que a operação militar começou.

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O órgão acusa Israel de atirar naqueles que estavam tentando sair. Enquanto Israel afirma ter eliminado 170 terroristas da região e evacuado pacientes e equipes médicas, Hamas diz que o exército matou 240 pessoas em atendimento.

O direito humanitário internacional proíbe o ataque em hospitais durante conflitos armados. Porém, as diretrizes mudam quando o local é utilizado para atacar o inimigo.

Israel afirma há anos que membros do Hamas se abrigam em mesquitas, hospitais e mais locais civis para não serem atacados.

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Al-Shifa após a saída das FDI

A Associated Press reportou que centenas de pessoas retornaram para o complexo hospitalar depois que os militares israelenses foram embora. Testemunhas afirmara encontrar corpos dentro e fora do local, compartilhando imagens nas redes sociais.

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Yahia Abu Auf, um palestino que retornou ao hospital, contou à AP que vários pacientes foram encaminhados para outro hospital em decorrência das circunstâncias do espaço. “A situação é indescritível”, disse. “A ocupação destruiu todo o sentido de vida aqui”, acrescentou.

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