Israel realizou, nesta manhã de segunda-feira (18), horário local, diversos ataques aos campos de refugiados na Faixa de Gaza. Segundo a rede Al Jazeera, vítimas em massa foram contabilizadas em razão dos bombardeios aos campos de Jabalia e Nuseirat; os hospitais no enclave palestino continuam a serem alvos.
O chefe da defesa dos EUA, Lloyd Austin, desembarcou em Israel para conversações, enquanto o Conselho de Segurança da ONU irá se reunir, ainda hoje (18), para votar uma nova resolução pedindo a suspensão dos combates, de acordo com um rascunho de documento obtido pela Al Jazeera.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu a situação no Hospital al-Shifa como “uma cena de terror completa” e chama a destruição do Hospital Kamal Adwan de “terrível”.
Pelo menos 18.787 palestinos foram mortos em ataques israelenses desde 7 de outubro, início do conflito. O número de mortos, já revisado, em Israel está em quase 1.140.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, criticou as forças israelenses por matarem a tiros duas mulheres dentro de uma igreja católica, em Gaza. O governo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, é pró-Israel e o comentário de Tajani foi uma rara demonstração de desacordo com o governo israelense.
“Um atirador [israelense] atirou em duas mulheres dentro de uma igreja. Isto não tem nada a ver com a luta contra o Hamas porque os terroristas certamente não estão escondidos em igrejas cristãs”, disse Tajani.
A manifestação do chanceler veio depois que o Patriarcado Latino de Jerusalém afirmou que uma mulher e a sua filha foram mortas “a sangue frio” no complexo da Igreja da Sagrada Família, na Faixa de Gaza. Ele acrescentou que sete pessoas ficaram feridas, enquanto um ataque aéreo israelense danificou um convento onde 54 pessoas com deficiência estavam abrigadas.
There’s been another massacre in Jabalia. The West and Israeli have failed in creating moral confusion through disinformation, and now they want to normalize the #GazaGenocide.
Murdering Palestinians will never become normal. The going #GazaHolocaust is increasing global outrage. pic.twitter.com/7iBStyRiyJ— Seyed Mohammad Marandi (@s_m_marandi) December 18, 2023