No 200º dia do conflito entre Israel e o Hamas, uma descoberta macabra chocou o mundo: mais de 300 corpos foram encontrados em uma vala comum no Hospital Nasser, na Faixa de Gaza. Funcionários da Defesa Civil da região, controlada pela facção Hamas, afirmaram que os corpos foram descobertos após a desocupação do local por militares israelenses.
A comunidade internacional reagiu com horror e indignação diante do achado. O chefe de direitos humanos da ONU exigiu uma investigação internacional imediata, enquanto o Departamento de Estado dos Estados Unidos classificou os relatos como preocupantes. Autoridades israelenses, por sua vez, negaram qualquer envolvimento, chamando as acusações de infundadas.
Tem mais de 300 pessoas enterradas em covas , da mesma forma que os nazistas faziam … Mulheres crianças velhos .mtos pacientes do hospital que não tinham condições de sair quando foi ocupado… @ONUNews já podemos considerar Genocídio ou tá cedo precisamos de mais corpos ??
— Daltin42 🇧🇷 🇨🇺🇨🇳🇰🇵🇵🇸 (@daltin78) April 24, 2024
O Hospital Nasser, um dos maiores em Gaza, está localizado na cidade de Khan Yunis, no sul da região. Além de ser uma importante unidade de tratamento médico, o local também servia como abrigo para milhares de palestinos deslocados pelo conflito. Segundo relatos da Al Jazeera, alguns dos corpos encontrados eram de crianças, mulheres e idosos.
Preocupações diante da descoberta no hospital
Essa descoberta reforça a preocupação já existente com os ataques a instalações médicas durante o conflito. A ONU ressaltou novamente a necessidade de investigações independentes e transparentes diante das violações graves da Lei Internacional de Direitos Humanos.
As forças israelenses justificaram sua ação anterior de invadir o Hospital Nasser, em fevereiro, sob o argumento de que corpos de reféns israelenses poderiam estar no local. Contudo, a ação foi alvo de críticas internacionais. O Exército israelense alega ter realizado exames nos corpos de forma cuidadosa e respeitosa, apenas onde havia suspeita de reféns.
A proteção de instalações médicas e pessoal médico durante conflitos armados é garantida pelo direito internacional, conforme estabelecido na primeira Convenção de Genebra. A violação desse princípio fundamental desperta sérias preocupações sobre o respeito aos direitos humanos e à dignidade das vítimas em meio ao conflito prolongado entre Israel e o Hamas.
* Sob supervisão de Lilian Coelho