Gaza

Hamas nega declaração de Blinken sobre impedimento de cessar-fogo

“É uma confirmação da parcialidade gritante da administração americana com o fascismo sionista”, disse o Hamas em um comunicado

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou, nesta sexta-feira (19), que o grupo terrorista Hamas está atrasando as negociações de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Secretário dos EUA discursa após cúpula do G7 – Créditos: X/Reprodução

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou, nesta sexta-feira (19), que o grupo terrorista Hamas está atrasando as negociações de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. “A única coisa que está entre o povo de Gaza e um cessar-fogo é o Hamas”, disse o diplomata após reunião da cúpula do G7, em Capri, na Itália.

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Em resposta, o grupo negou veementemente qualquer esforço para impedir uma trégua no conflito com Israel. “É uma confirmação da parcialidade gritante da administração americana com o fascismo sionista”, disse o Hamas em um comunicado.

“O comportamento do movimento do Hamas nas negociações é baseado no interesse de nosso povo palestino, com prioridade de parar a agressão brutal contra eles, a retirada da ocupação, o retorno dos desalojados e o fim do sofrimento humano criado pela máquina de matar financiada pela América”, continuou o documento. Ainda, o Hamas afirmou que se os EUA estivessem com um desejo sincero de parar a guerra, eles deviam pressionar Israel.

Líder do Hamas se reunirá com Erdogan

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, confirmou que receberá, no próximo sábado (20), o líder do grupo palestino, Ismail Haniyeh. “Vou receber o líder da causa palestina neste fim de semana. Discutiremos diversas questões”, disse o mandatário.

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A Turquia é um dos únicos membros da OTAN que se opõe à ofensiva israelense em Gaza, chamando o Hamas de “movimento de libertação”, enquanto culpa o mundo ocidental pelo apoio incondicional a Israel. O país até impôs restrições de negociações com os israelenses.

Erdogan declarou, na última terça-feira (16), que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é o único responsável pela tensão na região. O turco também já afirmou que Israel já superou Hitler, ao matar 14 mil crianças no enclave palestino.

EUA veta adesão da Palestina à ONU

Na última quinta-feira (18), o Conselho de Segurança da ONU votou uma resolução que tornaria a Autoridade Palestina em um estado-membro do órgão. Como esperado, os EUA, membro permanente do Conselho, vetaram o texto. Outros 12 membros votaram a favor da aprovação, com o Reino Unido e a Suíça abstendo-se.

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O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, considerou a decisão norte-americana uma “agressão gritante”, que “direciona a região ainda mais para o abismo”.  O embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, também repudiou o veto, mas garantiu que não desistirá. “O fato de que esta resolução não foi aprovada não vai quebrar nosso espírito e não derrotará nossa determinação”.

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