Um residente do Kentucky, Jesse Kipf, foi sentenciado a mais de seis anos de prisão após forjar sua própria morte em um esquema para evitar o pagamento de pensão alimentícia. Esta história inacreditável ganha destaque pelas complexas fraudes digitais realizadas por Kipf.
De acordo com o Gabinete do Procurador do Distrito Leste de Kentucky, Kipf invadiu o sistema de registro de óbitos do Havaí em janeiro de 2023. Utilizando as credenciais de um médico residente em outro estado, ele criou um falso atestado de óbito.
Além disso, Kipf preencheu uma planilha de atestado de óbito e certificou sua própria morte com a assinatura digital do médico, resultando em sua inclusão como falecido em múltiplos bancos de dados governamentais.
Como Kipf fingiu a sua morte?
Jesse Kipf, em suas admissões, afirmou que uma das motivações para fingir sua própria morte foi evitar suas pendências de pensão alimentícia. Ele utilizou nome de usuário e senha de um médico, obtidos de maneira ilícita, para acessar e manipular o sistema de óbitos.
Essa ação não apenas resultou em seu falso atestado de óbito, mas também permitiu que Kipf se infiltrasse em sistemas de registro de outros estados, redes empresariais privadas e redes governamentais. O ato exemplifica o quão perigoso é o uso indevido de ferramentas digitais por indivíduos mal intencionados.
Carlton S. Shier IV, advogado do Distrito Leste de Kentucky, enfatizou a gravidade do caso, destacando o esforço cínico e destrutivo de Kipf. “Este caso é um lembrete claro de como os criminosos podem ser prejudiciais com os computadores e de como a segurança informática e online é extremamente importante para todos nós”, disse Shier IV.
O comunicado oficial revelou que Kipf tentou vender o acesso às redes na dark web, utilizando credenciais roubadas. Este fato sublinha a necessidade crítica de fortalecer a cibersegurança e monitorar atividades suspeitas nos sistemas online.
Qual a sentença de Kipf?
Na última segunda-feira (19), Jesse Kipf foi condenado a 81 meses de prisão. Segundo a lei federal, ele deve cumprir 85% de sua pena antes de ser liberado. Após sua soltura, Kipf estará sob supervisão do Escritório de Liberdade Condicional dos EUA por um período adicional de três anos.