NA CISJORDÂNIA

“Ilegal e imoral” diz Mauro Vieira criticando a ação de Israel em Gaza

O ministro ainda questionou o fato de a Palestina não integrar a ONU como membro pleno: “139 dos 193 países já reconhecem o território como um Estado”, disse

“Ilegal e imoral” diz Mauro Vieira crítica à ação de Israel em Gaza
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira – Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante agenda na Cisjordânia neste domingo (17), qualificou as ações de Israel na Faixa de Gaza como ilegais e imorais.

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“Permitam-me que o diga em alto e bom som. É ilegal e imoral privar as pessoas de alimentos e água. É ilegal e imoral atacar comboios humanitários e pessoas que procuram ajuda. É ilegal e imoral impedir que os doentes e feridos tenham acesso a material médico essencial. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais religiosos e sagrados, cemitérios e abrigos”, disse.

O chanceler participou da cerimônia de outorga ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva do título de Membro Honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat.

No discurso, Vieira citou ainda as recentes declarações de Lula que abriram espaço para uma crise diplomática com o governo israelense. O chanceler considerou como uma “resposta desproporcional” de Israel aos ataques do Hamas em 7 de outubro do ano passado.

“É por isso que o presidente Lula fez um apelo, durante a 37ª cúpula da União Africana, em Adis Abeba, para que resgatemos nossas melhores tradições humanistas. Sob essa luz, ele condenou os ataques contra civis e militares israelenses em 7 de outubro e exigiu a libertação imediata de todos os reféns. Ao mesmo tempo, ele rejeitou a resposta desproporcional de Israel, que já matou e deslocou milhares de pessoas na Palestina”, afirmou o ministro.

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O ministro ainda questionou o fato de a Palestina não integrar a Organização das Nações Unidas como membro pleno. “A decisão sobre a existência de um Estado palestino independente foi tomada há 75 anos pelas Nações Unidas. 139 dos 193 membros já reconhecem a Palestina como um Estado. Por isso, não há qualquer razão para que a Palestina não seja membro de pleno direito das Nações Unidas”, esclareceu.

 

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