“Israel deve parar de bombardear Gaza e de matar bebês”, disse o presidente francês Emmanuel Macron à mídia britânica. Para o presidente francês não havia “nenhuma legitimidade” para o bombardeamento, acrescentando ainda que um cessar-fogo beneficiaria Israel.
“Estes bebês, estas senhoras, estes idosos são bombardeados e mortos”, disse o líder francês. “Portanto, não há razão para isso”. Macron disse que a França “condena claramente” as ações “terroristas” do Hamas, mas que embora reconheça o direito de Israel de se proteger, exige que pare com este bombardeio” em Gaza.
“Espero que sim”, disse o presidente francês quando questionado se queria que outros líderes – incluindo os dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha – se juntassem aos seus apelos a um cessar-fogo.
Os EUA diante do conflito
Washington recusou-se a apoiar os apelos a um cessar-fogo total, apoiando, em vez disso, pequenas pausas nos combates para permitir a ajuda humanitária. O Hamas lançou um ataque surpresa a Israel em 7 de outubro, que matou pelo menos 1.200 pessoas, segundo autoridades israelenses. Desde então, os intensos bombardeamentos e ataques terrestres de Israel a Gaza mataram mais de 11.000 palestinianos, a maioria mulheres e crianças, segundo autoridades de saúde.
All civilians must be protected. We must work towards a ceasefire and create the necessary space in Gaza for humanitarian actors.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) November 9, 2023
A entrevista de Macron à BBC foi ao ar um dia depois de uma conferência humanitária sobre Gaza ter sido realizada em Paris. Macron disse que a “conclusão clara” de todos os governos e agências presentes no evento foi “que não há outra solução senão primeiro uma pausa humanitária, indo para um cessar-fogo” a fim de proteger as vidas de “todos os civis que não têm nada a ver com terroristas”.