
Israel ameaça invadir Rafah no período do Ramadã, se o Hamas não libertar os reféns que mantém em seu poder. O Ramadã é um período sagrado aos muçulmanos e começa em 10 de março.
O grupo radical islâmico mantém vários reféns israelenses desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
Na data, que acontece no nono mês do calendário islâmico, os muçulmanos devem fazer orações e jejum diário. O objetivo deste período é, em teoria, aproximar os fiéis de Deus e lembrar a eles do sofrimento dos menos afortunados.
“O mundo deve saber, e os líderes do Hamas devem saber: se até o Ramadã os nossos reféns não estiverem em casa, os combates continuarão em todas as partes, incluindo a área de Rafah”, declarou o ministro sem pasta Benny Gantz, durante uma conferência de líderes judeus americanos em Jerusalém.
“O Hamas tem a escolha. Eles podem se render, libertar os reféns e os civis de Gaza poderão celebrar o Ramadã”, acrescentou Gantz, que é um dos três membros do gabinete de guerra de Israel.
Há aproximadamente 1,5 milhão de palestinos, ou seja, uma grande maioria de muçulmanos; Rafah é uma cidade localizada na Faixa de Gaza.
Esta é a primeira vez que o governo israelense estabelece, portanto, um prazo para o ataque à cidade.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste, então, que a guerra não pode terminar sem a entrada em Rafah, apesar da intensa pressão internacional.
Entendo que ou os reféns são libertados ou 🇮🇱 entrará em Rafah, mesmo durante o Ramadã. Eles respeitaram feriados judaicos quando atacaram? Era Shabat, Simcha Torah. O recado foi dado. E quem defende palestinos exige a libertação dos reféns já. @UNRWA Libertem todos. Façam isso. https://t.co/Kyy0rEhgOd
— Claudia Grabois (@ClaudiaGrabois) February 17, 2024