história e propostas

Javier Milei: tudo sobre o novo presidente da Argentina

O economista liberal de extrema direita chegou a ser chamado de “Bolsonaro argentino“, comparado também ao ex-presidente estadunidense Donald Trump

O deputado argentino Javier Milei ganhou popularidade por suas declarações “provocadoras” e propostas conservadoras.
(Crédito: Reprodução/Twitter)

Aos 52 anos, o deputado argentino Javier Milei ganhou popularidade nos últimos anos por suas declarações “provocadoras” e propostas conservadoras como candidato à presidência do país nas eleições de 2023.

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O economista liberal de extrema direita chegou a ser chamado de “Bolsonaro argentino, comparado também ao ex-presidente estadunidense Donald Trump. Natural de Buenos Aires, o candidato é formado em Economia e chegou a trabalhar no banco HSBC na Argentina. Ele começou a chamar atenção participando de programas de rádio e televisão, dizendo que os políticos no país são “ratos” que formam uma “casta parasita” – pensamento que deu origem ao seu lema “contra a casta política“.

O que propõe?

O partido da Milei, ‘A Liberdade Avança’, atraiu uma parte dos eleitores da direita e de quase toda a extrema direita argentina, dando protagonismo a ideais essencialmente antiesquerda e anticomunistas. Apesar disso, o deputado não se identifica totalmente como um extremista de direita; ainda assim, escolheu a deputada ultradireitista Victoria Villarruel como companheira de chapa.

Conforme reportado pela revista Piauí, Milei não defende diretamente a ditadura militar da Argentina, que aconteceu entre 1976 e 1983, mas está alinhado com seus defensores. Segundo ele, a esquerda “exagera o número de vítimas” da repressão do Estado nesse período e despreza os movimentos de mães e avós que tentam identificar os desaparecidos políticos e seus filhos.

Também é a favor das armas, contrário à educação sexual nas escolas e ao aborto. No aspecto econômico, o candidato defende a extinção do Banco Central, a saída do Mercosul, a privatização “de tudo o que for possível” e a redução do tamanho do Estado.

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O economista, porém, discorda de algumas premissas típicas da ultradireita. Ele é a favor do casamento gay, afirmando que é “um contrato como qualquer outro, desde que seja feito entre pessoas maiores de idade” e, por isso, não é um assunto do interesse do Estado. Também diz que não acredita no casamento – opondo-se ao discurso que celebra a família tradicional – e permanece solteiro por esse motivo.

Conversa com cães

Em seu best-seller recentemente publicado, intitulado ‘Milei, o Louco’, o jornalista Juan Luis González descreve a trajetória do candidato. O livro é atualmente a única biografia (não autorizada) sobre o economista no mundo.

Segundo o autor do livro, Milei é uma pessoa que suportou profunda solidão ao longo de sua vida, sofreu violência doméstica por parte de seus pais e constante bullying por parte de seus colegas. Isso o levou a desenvolver uma relação de “pai e filho” com seu cachorro, Conan, a ponto de a morte do animal desencadear uma intensa depressão e reação desesperada por parte do político. Através de um médium, ele aparentemente conseguiu ter comunicação direta” com o cão na vida após a morte e, mais tarde, “com o próprio Deus, que lhe deu a missão de se tornar presidente e tirar a Argentina de seu ciclo crônico de decrepitude”.

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