GUERRA HAMAS X ISRAEL

Jornalista da Al Jazeera é espancado e preso pelas forças israelenses

Organismos de proteção à imprensa condenam a prisão de Ismail al-Ghoul e exigem sua libertação imediata

jornalista-al-jazeera
Jornalista da “Al Jazeera” Ismail al Ghoul — Crédito: X/@ismail_gh2/’Al Jazeera’

A emissora “Al Jazeera” informou, nesta segunda-feira (18), que homens do exército israelense prenderam e espancaram o jornalista Ismail Al Ghoul. A ação ocorreu durante uma operação no Hospital al-Shifa, o maior da cidade de Gaza.

Publicidade

O Exército israelense, por sua vez, alegou que estava combatendo militantes do grupo palestino Hamas. O repórter Al-Ghoul esteve lá, acompanhado de sua equipe e outros repórteres para cobrir o ataque do exército israelense ao hospital.

Al Jazeera is demanding that Israel release another Journalist held captive https://t.co/VHGNZFaU8m

Publicidade

Prisão do jornalista

De acordo com os relatos, inicialmente, o jornalista da Al Jazeera foi arrastado pelas forças israelenses. Segundo relatos, israelenses também destruíram os veículos de transmissão das equipes de notícias no centro médico. O hospital, o maior da Faixa de Gaza, serviu de base para jornalistas fazerem a cobertura sobre a guerra.

Hani Mahmoud, também da Al Jazeera, disse que al-Ghoul foi “torturado, espancado e detido pelos militares israelenses junto com seu tripulante no terreno”. O caso tem gerado grande repercussão mundial. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e o Instituto Internacional de Imprensa (IPI)  condenaram a prisão de al-Ghoul.

“Os jornalistas desempenham um papel essencial numa guerra. Eles são os olhos e os ouvidos que precisamos para documentar o que está acontecendo, e com cada jornalista morto, com cada jornalista preso, nossa capacidade de entender o que está acontecendo em Gaza diminui significativamente”, disse Jodie Ginsberg, diretora-executiva do CPJ, à Al Jazeera.

Publicidade

A Al Jazeera Media Network exigiu a libertação imediata de al-Ghoul e de outros jornalistas detidos. na ocasião. Em comunicado, a rede sediada no Qatar disse que considera o exército israelense “totalmente responsável pela sua segurança”.

Afirmou, por fim, que o “ataque” ao jornalista  faz parte de uma série de “ataques sistemáticos à emissora”, incluindo os assassinatos dos repórteres veteranos Shireen Abu Akleh, Samer Abu Daqqa e Hamza Dahdouh.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.