Macron diz que haverá ‘sanções massivas’ à Rússia caso a guerra na Ucrânia persista

Para presidente francês, conflito poderá prejudicar fornecimento de alimentos à Europa por até 18 meses

Macron diz que haverá 'sanções massivas' à Rússia caso a guerra na Ucrânia persista
Presidente da França, Emmanuel Macron (Créditos: Sean Gallup/Getty Images)

O presidente da França, Emmanuel Macron, ao final de uma cúpula de líderes da União Europeia (UE) que aconteceu na manhã desta sexta-feira (11) em Versalhes, alertou que a Rússia poderá enfrentar novas “sanções massivas”, caso a guerra na Ucrânia continue.

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“Se as coisas continuarem no plano militar (…), adotaremos novas sanções, incluindo sanções massivas”, declarou Macron, em entrevista coletiva, ressaltando que a UE apoiará a Ucrânia “até o fim”.

Macron também afirmou que a invasão da Rússia na Ucrânia “desestabilizará” profundamente o fornecimento de alimentos na Europa e África nos próximos 12 a 18 meses.

“Devemos nos preparar e reavaliar nossas estratégias de produção para defender nossa soberania alimentar” na Europa, disse o líder francês em coletiva de imprensa, que defendeu também uma estratégia para a África, devido ao risco de fome em alguns países.

Guerra na Ucrânia já registrou 2,5 milhões de refugiados, diz ONU

Filippo Grandi, alto comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para refugiados, nesta sexta-feira (11) disse que o número de pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia atingiu 2,5 milhões.

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“O número de refugiados ucranianos, tragicamente, chegou hoje a 2,5 milhões”, disse Grandi em sua conta oficial no Twitter. “Também estimamos que cerca de 2 milhões de pessoas estão deslocadas dentro da Ucrânia. Milhões são forçadas a deixar suas casas por esta guerra sem sentido”.

Só em Kiev, um a cada dois habitantes deixou a cidade, que está cercada por combates. Satélite mostra um rastro de destruição nos arredores da capital ucraniana Kiev, após ataques das tropas da Rússia.

União Europeia diz que precisa se libertar da depndência do gás russo

Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, disse nesta sexta-feira (11), em coletiva de imprensa em Varselles, na França, que a Europa precisa urgente se libertar da dependência do petróleo e gás da Rússia. Países europeus já suspenderam a importação como sanções a Vladimir Putin pela a invasão à Ucrânia.

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“A questão da dependência é muito grande, temos uma dependência muito grande da Rússia e queremos nos libertar. Então vamos trabalhar na linha com nossos objetivos, interesses. Para o próximo inverno já precisamos ter um plano.”

Michel deu entrevista ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e do presidente francês, Emmanuel Macron. Depois de dois dias de cúpula, eles disseram que hoje ainda serão anunciadas novas sanções contra a Rússia.

Ursula explicou que a ideia da União é investir em energias renováveis para, aos poucos, se distanciar do petróleo e gás russo. “É um investimento estratégico em nossa segurança e independência. Trata-se de um plano para diversificar suprimentos e buscar fontes renováveis. Iremos propor diminuir nossa dependência do gás e petróleo russos até 2027, usando recursos disponíveis na Europa.”

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Entrada da Ucrânia na União Europeia

As lideranças, durante a cúpula, também discutiram o pedido e a possibilidade da Ucrânia entrar ara a União Europeia. “Queremos deixar claro aos amigos ucranianos que, claro, são membros da família europeia. Estamos ao lado da Ucrânia e vamos nos mobilizar com velocidade para auxiliar a população da Ucrânia e estamos aqui para apoiar a escolha dos ucranianos”, disse Charles Michel.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, em fevereiro assinou um pedido para que o país pudesse fazer parte da União Europeia. A informação foi divulgada pelo canal verificado do governo no Telegram.

“A Ucrânia demonstrou que pertence e merece a União Europeia”, afirmou o presidente da França. Porém, Macron poderá: “há uma guerra, mas não estamos em guerra contra a Rússia. Não temos resposta bélica.”

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