
O presidente Nicolás Maduro criticou em coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira (31) o Centro Carter, órgão norte-americano que acompanhou como observador o processo eleitoral na Venezuela.
“Seriedade e prestígio”
A declaração destoa das palavras do ministro da Defesa, Vladimir Padrino, que seis dias antes de a população ir às urnas elogiou o centro pela “seriedade” e “prestígio”.
“Todos os observadores do Centro Carter que vieram à Venezuela [observar as eleições] trouxeram o informe já escrito. Temos há um mês esse informe. O que faltava a eles eram ‘detalhezinhos’, que colocaram agora”, afirmou Maduro em pronunciamento.
Contudo, em 22 de julho último, o ministro da Defesa publicou um vídeo em suas redes sociais, recebendo integrantes do Centro Carter para uma reunião. Padrino disse que o “centro conquistou prestígio em todo mundo não apenas em tarefas de eleições, mas também em tarefas para promover a democracia”.
Centro Carter
Na terça-feira (30), o Centro Carter informou que a eleição de domingo (28) na Venezuela “não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerada democrática”. O órgão também acrescentou que a autoridade eleitoral “demonstrou claro viés” em favor do atual presidente.
“O Centro Carter não pode verificar ou corroborar os resultados da eleição declarados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e a falha da autoridade eleitoral em anunciar resultados desagregados por seção eleitoral constitui uma grave violação dos princípios eleitorais”, afirmou o órgão em comunicado.
Preservaremos la paz y haremos valer los derechos de la mayoría de los venezolanos; en perfecta unión cívico-militar-policial, con la Constitución Nacional y las leyes de la República en la mano. ¡Venceremos! pic.twitter.com/1oa4VPtcYZ
— Vladimir Padrino L. (@vladimirpadrino) July 30, 2024