corrida contra o tempo

Mercosul e União Europeia buscam fechar acordo antes da posse de Milei

Os diplomatas do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai entraram em uma maratona de negociações; as reuniões acontecem nos próximos dias

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(Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Para conseguir um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, diplomatas de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai começaram uma maratona de negociações antes da posse de Javier Milei, em 10 de dezembro, como novo presidente da Argentina. As reuniões acontecem nesta quinta-feira(23), amanhã (24) e sábado (25).

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A equipe argentina, ainda sob o comando de Alberto Fernández, está bastante engajada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também orientou flexibilidade aos brasileiros, tudo para que seja possível assinar o acordo até o dia 7 de dezembro na reunião de cúpula do Mercosul.

Essa é reunião a última com a presença de Fernández, já que Milei assume no dia 10 de dezembro. Segundo negociadores brasileiros, a situação vai deixar o futuro presidente argentino em uma saia justa, pois ele é a favor do livre comércio.

As equipes negociadoras já estão trabalhando em um texto conjunto que traz mudanças no acordo original nas áreas do meio ambiente, uma exigência europeia.

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Posse de Milei

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será “bem-vindo” se optar por participar de sua posse na Casa Rosada. Lula não está disposto a retroceder em sua decisão de se ausentar.

De acordo com interlocutores no Planalto, a declaração de Milei não muda, neste momento, a postura do presidente em se manter distante. Lula já foi chamado de “comunista, ladrão e corrupto” pelo presidente eleito da Argentina.

Nem mesmo o fato do Papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, terem conversado por telefone com Milei após a vitória deve pressionar Lula a fazer um gesto de aproximação, avaliam interlocutores. Segundo esses assessores, não é preciso “ansiedade” na condução desta relação.

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Aliados argumentam que Lula se manifestou rapidamente após a eleição reconhecendo o resultado. Além disso, após a vitória de Milei, disse que não precisa “ser amigo” de outros presidentes para manter relações diplomáticas no Mercosul.

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