O porta-voz do presidente da Argentina, Manuel Adorni, confirmou que o presidente Javier Milei não usará mais voos comerciais para suas viagens ao exterior. De acordo com o anúncio, a mudança será implementada por motivos de segurança, já que o político pretende tomar precauções diante das tensões entre Israel e Irã.
“O Ministério da Segurança nos alertou sobre certos riscos que existem se o presidente continuar voando em voos regulares, então ele não pode mais viajar em voos comuns“, afirmou o porta-voz durante uma entrevista coletiva regular da Casa Rosada.
O assessor explicou que o ministério comandado por Patrícia Bullrich “apresentou um relatório confidencial a todas as partes sobre o motivo dessa sugestão. Depois, analisaremos detalhadamente as recomendações para que o presidente tenha as condições de segurança que sua posse exige”.
Em mais de uma ocasião, Milei havia comentado que “funcionários públicos viajam em aviões“. Ao mesmo tempo, o governo argentino confirmou a transferência da frota presidencial para a órbita das Forças Armadas há algumas semanas.
Durante suas viagens internacionais, o presidente argentino usou voos comerciais para chegar aos seus destinos. Com uma certa frequência, outros passageiros compartilhavam vídeos do político cumprimentando e tirando foto com as pessoas a bordo.
Nesta segunda-feira, Bullrich havia dito que “não há dinheiro, mas temos de cuidar do presidente”, e considerou que esta “não é uma questão menor” para ser desconsiderada.
🇦🇷 Javier Milei deixará de voar em voos comerciais.
Segundo o governo argentino, a decisão foi tomada por motivos de segurança. “Não há dinheiro, mas temos que cuidar do presidente”, afirmou o porta-voz da Presidência. pic.twitter.com/Vfu1yFl1s4
— Eixo Político (@eixopolitico) April 16, 2024
Aeronaves F-16 da Dinamarca
Em outra parte de sua entrevista coletiva, Adorni se referiu à viagem do ministro da Defesa, Luis Petri, à Dinamarca. O objetivo da visita será assinar um acordo de aquisição de 24 aeronaves F-16 usadas para as Forças Armadas argentinas. “É a compra militar mais importante dos últimos 50 anos”, disse o porta-voz.
Além disso, informou que o custo das 24 aeronaves foi de US$ 300 milhões, e que elas serão pagas em parcelas diferentes após autorização do Ministério da Economia. As etapas da compra serão detalhadas nos próximos dias.
“As Forças Armadas são prioridade, porque a Argentina não se resume à economia. Nossa defesa nacional é fundamental”, disse o responsável pela comunicação do governo.