NOVO GOVERNO

Ministra de Milei ameaça cortar benefício social de quem participar de protesto

“Protestar é um direito, mas também é um direito circular livremente pelo território argentino para ir ao local de trabalho”, afirmou Sandra Pettovello

Ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello
Ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello – Crédito: Reprodução/Ministério de Capital Humano

Sandra Pettovello, ministra do Capital Humano da Argentina, ameaçou nesta segunda-feira (18) cortar programas sociais de quem bloquear ruas durante manifestações contra o governo. Os atos estão marcados para quarta-feira (20).

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Em vídeo transmitido nas redes sociais, a ministra afirmou que “quem promover, instigar, organizar ou participar de piquetes perderá todo tipo de diálogo com o Ministério do Capital Humano“. “Protestar é um direito, mas também é um direito circular livremente pelo território argentino para ir ao local de trabalho.” 

Seguindo o slogan da campanha de Javier Milei de cortar programas sociais de quem bloqueia as ruas durante manifestações, Pettovello refoçou que “el que corta no cobra” (“quem corta, não recebe“). “Só quem não vai receber pelo plano é quem vai à passeata e bloqueia a rua: quem bloqueia não recebe“, disse. O bordão, porém, contraria o lema “viva la libertad, carajo” (“viva a liberdade, caralho“), também usado pelo novo presidente.

Os protestos, por sua vez, convocados para quarta-feira, são uma reação ao plano econômico anunciado em 12 de dezembro pelo ministro da economia Luis Caputo — o chamado”Plano Motoserra“. O governo tem respondido de maneira ofensiva a ação popular. Em uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (14), a ministra Patrícia Bullrich, da Segurança Nacional, ameaçou prender quem bloqueasse as vias.

Bullrich declarou que as penalidades iriam abranger aquelas pessoas que de fato bloquearem as ruas, os responsáveis pelo transporte dos indivíduos até o local, além dos organizadores e financiadores dos protestos. Dessa forma, os manifestantes poderiam protestar somente nas calçadas. Quanto ao uso da força, ela ressaltou que deve ser proporcional a resistência que as pessoas envolvidas nas manifestações demonstrarem.

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*sob supervisão de Camila Godoi

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