PRIMEIRO PROTESTO

Ministra de Milei pede a movimentos sociais: “não gerem extrema violência”

Patrícia Bullrich comentou que, se os beneficiários de programas sociais “pisarem na rua, vão perdê-la”

Ministra de Milei pede a movimentos sociais: "não gerem extrema violência"
Ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich – Crédito: Reprodução/Perfil.com

Em meio à polêmica sobre o protocolo antimanifestações e as mobilizações previstas para esta quarta-feira (20), já nos dez primeiros dias do governo de Javier Milei, a ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, comentou que se os beneficiários de programas sociais “pisarem na rua, vão perdê-la”. E pediu aos líderes sociais “que não gerem uma situação de violência”.

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Bullrich também questionou a posição de Axel Kicillof, que descreveu o protocolo antimanifestações como uma “criminalização” do protesto social. “A decisão do governo é acabar com os bloqueios de rua. Que se manifestem quantas vezes quiserem: em praças, cordões… Mas as ruas não estão bloqueadas. Hoje será um começo, não devemos esperar 100% das chances de sucesso, hoje começa um caminho que é sem volta atrás”, disse Bullrich.

A chefe da pasta da Segurança pediu aos dirigentes das 200 organizações sociais que não levem isso a uma situação de violência. “Não gerem uma situação de extrema violência”, disse.

Em seguida, esclareceu que as novas diretrizes políticas deste governo em termos de segurança para “ordenar o país” exigem uma mudança nas “formas de petição“. E sustentou: “Não vai ser através de uma manifestação que alguém vai conseguir alguma coisa”.

Confiante de que as políticas de segurança reduzirão as expressões sociais nas ruas, Bullrich ressaltou: “Hoje os extorsionários acabaram e os donos dos planos estão chegando ao fim”.

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Província de Buenos Aires

O governo da cidade de Buenos Aires emitiu um comunicado em linha com o que foi expresso pela pasta de Segurança Nacional, enquanto o governo de Axel Kicillof disse que as medidas propostas por Bullrich “criminalizam o protesto social”.

O chefe da segurança nacional ressaltou que da província de Buenos Aires “hoje, infelizmente, eles não vão nos acompanhar”. Em seu relato, ele reconheceu que “ontem limpamos o Trem da Roca, isso é criminalizar o protesto? Liberamos os trilhos, eles foram mais para o sul, eles (as forças de Buenos Aires) agiram lá, o ministro da província (Javier Alonso) me ligou.”

“A energia ia voltar em duas horas. Com o trem cortado e não deixando eles chegarem, eles não iam receber energia elétrica. A Polícia Provincial e o Ministro agiram naquele momento porque as forças federais não chegaram a tempo. Essa colaboração ontem aconteceu no trem e esperamos que comece a acontecer”, disse o ministro da Segurança Nacional.

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Sobre o trabalho coordenado entre a Câmara Municipal e a AMBA, disse que tem uma reunião marcada para a próxima sexta-feira com o intuito de conseguir convencer a posição contrária que até hoje o Governo de Kicillof mantém. O ministro da Segurança destacou que aplicar o protocolo “não é criminalizar o protesto, é acabar com a extorsão de pessoas e permitir que elas escolham livremente”.

Linha 134

O governo abriu a linha 134 para denunciar extorsão de lideranças políticas contra quem recebe plano social. A medida foi relatada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, e a propôs como outra medida dissuasória.

“Recebemos mais de 5 mil reclamações no 134 e não recebemos mais porque o sistema não tem mais capacidade, tem 300 ligações por hora. Estava saturado, recebendo ligações dizendo: ‘Se eu não for para o piquete, vão cortar meu Poder. Eu digo a eles: é exatamente o contrário. Se eles ficarem trabalhando na cooperativa, no refeitório ou cuidando da família, terão o plano”, disse Sandra Pettovello, ministra do Capital Humano.

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