Terry Anderson

Morre jornalista americano que foi refém no Líbano durante 7 anos

A carreira de Terry foi marcada por uma notável cobertura jornalística e seu sequestro em 1985, quando passou quase sete anos em cativeiro

O jornalista deixou um legado duradouro não apenas como um profissional corajoso, mas também como exemplo de resiliência
Morre aos 76 anos o jornalista Terry Anderson – Crédito: Matt Gannon / CNN

Terry Anderson, o renomado jornalista e ex-correspondente do Oriente Médio da Associated Press (AP), faleceu aos 76 anos em sua residência em Greenwood Lake, Nova York. A informação foi dada por sua filha, Sulome Anderson, à CNN. Terry, cuja carreira foi marcada por sua notável cobertura jornalística e seu subsequente sequestro em 1985, passou quase sete anos em cativeiro no Líbano.

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“Embora a vida do meu pai tenha sido marcada por sofrimento extremo durante o tempo em que foi refém no cativeiro, ele encontrou uma paz tranquila e confortável nos últimos anos”, disse ela em comunicado à CNN.

Com uma vasta experiência que inclui passagens por Kentucky, Tóquio e África do Sul, Terry se destacou como correspondente-chefe da AP no Oriente Médio, voluntariando-se para a posição em 1982 após a invasão de Israel. Sua cobertura da guerra civil no Líbano culminou em seu sequestro em 1985. Libertado em 1991, após o término da guerra civil de 16 anos, compartilhou sua experiência de cativeiro em sua autobiografia, intitulada “Den of Lions“.

O legado do jornalista

O também jornalista Dan Rather fez uma publicação em seu perfil no X em homenagem ao colega de profissão. Ele escreveu: “A verdadeira definição de um jornalista corajoso, Terry Anderson sofreu por anos nas mãos de terroristas. Meus pensamentos estão com a família dele”.

Em declarações anteriores à CNN, Terry refletiu sobre seu período de cativeiro, expressando sentimentos de culpa e determinação. Ele descreveu o sentimento de responsabilidade para com sua família e admitiu uma sensação de culpa por ter sido capturado, apesar de reconhecer sua irracionalidade. O jornalista deixou um legado duradouro não apenas como um profissional corajoso, mas também como exemplo de resiliência diante da adversidade.

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“Sei que ele escolheria ser lembrado não pela sua pior experiência, mas pelo seu trabalho humanitário com o Fundo para as Crianças do Vietnã, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, veteranos sem-abrigo e muitas outras causas incríveis”, finalizou Sulome Anderson, relembrando alguns atos de seu pai.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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